sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Another year over...

Aqui estou eu, de banco... Um banco horrivel, onde só me apetece esconder-me...
Ve-se na minha expressao carregada que nao estou bem, nos meus olhos, no meu sorriso forçado. Logo hoje, que pela manha um amigo meu disse-me que o meu sorriso contagiava, e que nao podia olhar para mim sem rir-se tambem.
E de repente, pluff... perdi a graça.
Estou nos meus 20 minutos de descanso, a 1h e 50 min de abrir o champanhe da casa Ermelinda Freitas e brindar com os meus 2 melhores amigos do hospital, mas só me apetece esconder-me.

Resoluçoes do ano novo:
1. ler a Vanguardia cada dia (a vida é mais que um estetoscopio)
2. ler um tema de medicina cada dia (nao me quero voltar a sentir tao inutil como hoje)
3. ir finalmente ao ginasio
4. sei lá...

Bom ano novo!, de quem espera sinceramente que nao lhe telefones às 12 badaladas, porque corre o sério risco de abrir a torneira...

beijo!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Christmas in London

Ontem fiz o que jurei não fazer: ir para Oxford Street em tempo de Natal. Enquanto percorria a rua 3 vezes, a canção dos Coldplay não me largou:

"I took my feet
To Oxford Street
Trying to right a wrong
Just walk away
Those windows say"


Coldplay - Christmas Lights

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Roadtrips to financial markets...3

O artigo que me abriu ao maravilhoso mundo dos interesses puramente especulativos do mercado finaceiro ou, por outras palavras, dos "credit-default swaps".
Se os subprimes foram o pai da crise, os CDS foram com toda a certeza a mãe desta bagunçada toda.
Toma atenção, porque tem 8 partes!

http://www.vanityfair.com/business/features/2010/04/wall-street-excerpt-201004?currentPage=1

PS: Algumas pequenas definições em português, que ajudam a decifrar os conceitos mais dificeis (e no final da página da Visão tens outros artigos com mais conceitos):

http://aeiou.visao.pt/o-que-e-um-cds-credit-default-swap=f538197

sábado, 27 de novembro de 2010

Cupcakes, anyone?

In times like these, I miss you the most!



PD: A última, Lolita's Bakery, foi onde finalmente encontrei bagels!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Roadtrips to financial markets...2

A falar com um colega meu sobre a minha nova obsessão, ele aconselhou-me um documentário sobre a especulação das tulipas, na Holanda do sex XVII. Não consegui encontrar o documentário, mas li algumas coisas sobre o assunto. Neste caso, os subprimes eram as tulipas que ainda não tinham sido semeadas.... ao que parece, o mundo não mudou muito...

"Mania das tulipas, tulipomania, tulipamania, febre da tulipa ou crise das tulipas são expresões referentes a um episódio da História dos Países Baixos que deu origem à primeira bolha especulativa conhecida. Hoje, tais termos são aplicados metaforicamente a qualquer bolha especulativa de grande escala.

A tulipa foi introduzida na Europa durante a metade do século XVI à época do Império Otomano. Imagina-se que seu cultivo nas Sete Províncias tenha começado em 1593, quando Charles de l'Écluse criou mudas de tulipa capazes de tolerar as ásperas condições climáticas nos Países Baixos , a partir de bulbos que lhe haviam sido enviados da Turquia por Ogier de Busbecq. No começo do século XVII, a flor já era muito usada na decoração de jardins e também na medicina.

Apesar de não terem perfume e florescerem apenas por uma ou duas semanas ao ano, os jardineiros holandeses apreciavam as tulipas por sua beleza. Muitos mercadores, artesãos e colecionadores preferiam colecionar e pintar tulipas a quadros.


Rapidamente a popularidade das flores aumentou. Mudas especiais recebiam denominações exóticas ou nomes de almirantes da marinha holandesa. As mais espetaculares e altamente desejadas tinham cores vívidas, linhas e pétalas flamejantes. A tulipa se tornara um cobiçado artigo de luxo e símbolo de status social e estabelece-se a competição entre membros das altas classes pela posse das variedades mais raras. Os preços disparam.

Em 1623, um simples bulbo de uma variedade famosa de tulipa poderia custar muitos milhares de florins neerlandeses . Tulipas foram trocadas por terras, animais valiosos. Algumas variedades podiam custar mais que uma casa em Amsterdã. Dizia-se que um bom negociador de tulipas conseguia ganhar seis mil florins por mês, quando a renda média anual, à época, era de 150 florins. Um bulbo de tulipa passou a ser vendido pelo preço equivalente a 24 toneladas de trigo. Por volta de 1635, a venda de 40 bulbos por 100.000 florins foi um recorde. Para efeito de comparação, uma tonelada de manteiga custava algo em torno de 100 florins e oito porcos graúdos custavam 240 florins. O recorde foi a venda de um dos mais famosos bulbos, o Semper Augustus, por 6.000 florins, em Haarlem.
Em 1636, tulipas eram vendidas nas bolsas de valores de numerosas cidades holandesas. O comércio das flores era encorajado por todos os membros da sociedade; muitas pessoas vendiam ou negociavam suas posses no intuito de especular no mercado de tulipas. Alguns especuladores tiveram muito lucro, enquanto outros perderam tudo ou quase tudo o que tinham.

Negociantes passaram a vender bulbos das tulipas que tinham acabado de plantar ou ainda que intencionavam plantar (os chamados contratos futuros de tulipa) - apesar de um édito de 1610 ter proibido esse tipo de negócio. O fenômeno foi chamado windhandel ("negócio de vento") e ganhou espaço sobretudo em tavernas de cidades pequenas, onde se usava uma espécie de lousa para indicar as ofertas de preço.

Em fevereiro de 1637, os comerciantes de tulipas não conseguiam mais inflacionar os preços de seus bulbos e então começaram a vendê-los. A bolsa de valores estourou. Começou-se a suspeitar que a demanda por tulipas não duraria e isso propagou o pânico no mercado. Alguns deixaram de segurar contratos para compra de tulipas, estabelecidos a preços que agora eram dez vezes maiores que os preços de mercado; outros acharam-se na posse de bulbos cujo preço era muito inferior ao que haviam pago. Consequentemente, milhares de holandeses, incluindo executivos e membros da alta sociedade, ruíram financeiramente.
Tentativas de resolver a situação fracassaram. Os juízes consideraram os débitos como contratados através de especulação e portanto, sem corroboração legal. Assim, as pessoas permaneceram abarrotadas de bulbos comprados antes da quebra, já que nenhuma Corte determinaria a execução do pagamento desses contratos.

Versões menores da tulipamania também ocorreram em outras partes da Europa, entretanto nunca chegaram ao nível da que ocorreu nos Países Baixos. Na Inglaterra de 1800, era comum pagar cinqüenta guinéus por um único bulbo de tulipa. Esta soma poderia manter um trabalhador e sua família com comida, roupa e aluguel por seis meses.

Os fatos foram relembrados, mais de dois séculos depois, no livro Memorando de extraordinários engodos populares e a loucura das multidões, escrito pelo jornalista inglês Charles Mackay, em 1843. Mackay, no entanto, omitiu-se de mencionar que no mesmo período, os Países Baixos foram também atingidos por uma epidemia de peste bubônica, entre outros contratempos, durante a Guerra dos Trinta Anos. Possuir tulipas no lar era um meio de impressionar e quando a riqueza rolava escada-social abaixo então, todos clamavam por tulipas. Charles Mackay conta uma história da época: "Um rico mercador havia pago 3.000 florins (280 libras esterlinas) por uma rara tulipa Semper Augustus que desaparece de seu depósito. Depois de vasculhar todo o depósito, viu um marinheiro, que havia confundido o bulbo da tulipa por uma cebola, comendo a tulipa. O marinheiro foi prontamente preso e passou seis meses na prisão."

No século XX descobriu-se que as pétalas repletas de babados e cores vicejantes, que davam a essa flor um ar apoteótico, eram, de fato, resultado de uma infecção causada por um vírus que só atingia tulipas, conhecido como Tulip Breaking potyvirus. A flor saudável era considerada sólida, macia e monótona"

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mania_das_tulipas
http://en.wikipedia.org/wiki/Tulip_mania

Roadtrips to financial markets...1

O artigo que finalmente me fez entender a crise financeira, e porque é que a Bethany McLean, autora do livro que quero comprar, atribui a crise aos emprésticos hipotecários e à convicção que o preço das casas (ou seja, o valor do mercado imobiliário) nunca desvalorizariam. Custava-me a relacionar isso com o conceito de falta de liquidez , e com a fragilidade dos grandes bancos mundiais. É um artigo mesmo muito básico, mas a mim ajudou-me a fazer o "click".
I still have a long way to go...

"Em sentido amplo, subprime (do inglês subprime loan ou subprime mortgage) é um crédito de risco, concedido a um tomador que não oferece garantias suficientes para se beneficiar da taxa de juros mais vantajosa (prime rate).

Em sentido mais restrito, o termo é empregado para designar uma forma de crédito hipotecário (mortgage) para o setor imobiliário, surgida nos Estados Unidos e destinada a tomadores de empréstimos que representam maior risco. Esse crédito imobiliário tem como garantia a residência do tomador e muitas vezes era acoplado à emissão de cartões de crédito ou a aluguel de carros.
O termo é derivado de prime lending rate - a taxa de juros contratada com os tomadores mais confiáveis. Assim, prime lending designa o crédito concedido aos tomadores confiáveis e subprime lending se refere ao crédito dado àqueles tomadores que têm maior risco de inadimplência.
A diferença entre as duas taxas - subprime lending rate e prime lending rate - corresponde à remuneração do risco adicional envolvido no empréstimo dado a quem oferece garantias insuficientes.
Por outro lado, numerosos créditos são concedidos a taxas variáveis. No caso dos créditos subprime, a taxa inicial pode ser atraente (teaser rate), ou seja, inferior à taxa fixa de um empréstimo normal.
Para os credores, os empréstimos subprime eram considerados como individualmente arriscados - mas, coletivamente, seguros e rentáveis. A estimativa de rentabilidade baseava-se em uma hipótese de alta regular do preço dos imóveis, o que vinha acontecendo nos Estados Unidos, desde 1945. Assim, se um devedor se tornasse inadimplente, era sempre possível revender a propriedade com lucro.

Créditos "ninja" : Ninja é um tipo de subprime - um crédito concedido a tomadores que não podem comprovar renda, nem emprego e nem a propriedade de ativos (No Income, No Job, (and) no Assets). A expressão foi cunhada pela HCL Finance, uma financeira da Califórnia, especializada em conceder empréstimos com documentação mínima, isto é, sem exigência de comprovação de renda, emprego ou depósitos bancários. "Ninja" era o nome de um dos seus produtos financeiros.
A FCL ganhou destaque especialmente durante a bolha imobiliária nos Estados Unidos, nos anos 2000, e ficou mais conhecida após a deflagração da crise do subprime, entre julho e agosto de 2007, como o principal exemplo de práticas desastrosas na concessão de empréstimos O uso do termo "ninja" foi assim incorporado ao jargão do mercado, já durante a crise financeira de 2008.
Por significarem um risco maior, esses tomadores também pagavam juros mais altos.
"O mercado se inundou de papéis lastreados naquelas operações que as pessoas de baixa renda financiaram", explica Tharcísio Santos, diretor do FAAP MBA.
Na medida em que o mercado foi se aquecendo, os imóveis foram se valorizando e abrindo aos mutuários mais uma possibilidade: o "financiamento da diferença". Assim, um americano que tivesse financiado um imóvel de US$ 200 mil, cujo valor de mercado tivesse aumentado para US$ 300 mil, poderia tomar mais US$ 100 mil emprestados, dando como garantia a mesma casa. Com esses recursos adicionais, os clientes ninja podiam não só pagar suas prestações como também consumir mais. Esse sistema funcionava bem pois desde o pós-guerra o valor dos imóveis vinha subindo continuamente.
Mas com o aumento da taxa de juros de curto prazo de 1% para mais de 5% e depois, para valores que se aproximavam de 10%, muita gente deixou de pagar as prestações. Houve inadimplência em massa dos clientes mais frágeis. Em 2007, quase três milhões de famílias americanas estavam em situação de inadimplência.
A tentativa dos clientes, como último recurso, de se desfazerem, simultaneamente, de suas casas no mercado, pressionou para baixo os preços de todos os imóveis nos Estados Unidos, inclusive aqueles que estavam sendo financiados a taxas prime. Com o excesso de oferta, o preço dos imóveis entrou em queda livre.
As pessoas começaram a entregar os imóveis às empresas de financiamento. Muita gente devia mais do que o valor da casa. Na hora em que o mercado como um todo se reduziu, todas as operações feitas com imóveis como garantia ficaram a descoberto, explica Carlos Stempniewski, professor das Faculdades Integradas Rio Branco.
Afinal as financiadoras ficaram com os imóveis – agora, com seu valor aviltado – e sem o dinheiro; portanto, sem recursos para honrar os títulos que haviam emitido. Isso acabou por provocar a consequente falência de financeiras e, em efeito dominó, de instituições maiores.
De repente, essa roda da fortuna parou. Com esses títulos espalhados, a pessoa ia resgatar um fundo, o seguro, a aposentadoria e não tinha dinheiro, diz Stempniewski . As empresas resolveram ir ao mercado vender ações para fazer dinheiro. E isso jogou a crise para cima dos mercados de todo mundo.
É conveniente ressaltar o papel que tiveram, nesta crise, as agências de classificação de risco (tais como Standard & Poor's, Fitch e Moody's) ao considerarem como dinheiro sonante os dados informados pelos criadores de títulos financeiros derivados de subprimes, e classificando alguns derivativos como AAA (o melhor nível de confiança!) quando eram apenas títulos podres" (por exemplo - classificaram com AAA os Lehman Brothers, poucas semanas antes de falirem).


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Subprime

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eat an apple a day, it's good for you

Estive a ler o teu post, e realmente depois de procurar não encontrei uma forma fácil de por um podcast reader no blog. Até encontrarmos uma forma de o fazer, venho por este meio insistir que dês uma oportunidade ao iTunes. Para ser mais fácil, deixo aqui o guia para teres o podcast da Caderneta de Cromos no teu computador. Vai ao teu mail, e vais ver que te enviei o link para o .exe do iTunes para Windows (está gratuitamente disponível na página da Apple). Depois de o instalares, faz o seguinte:











1. Vai á tab da esquerda e clica em iTunes Store.
2. Procura Caderneta de Cromos
3. Clica em Subscribe (é de borla)

Já está! Segundo passo:












4. Vais à tab Podcast e vês que tens lá a caderneta de cromos.
5. Clicas em Settings e escolhes quando queres fazer o download, e
quantos queres guardar em disco.

Eu tenho programado para procurar todos as horas e para guardar os cromos que ele descarregou. Assim que tenho internet e há novos cromos, o iTunes descarrega automaticamente os últimos sem eu ter que fazer nada. Fixe, né? Se quiseres ouvir os mais antigos, faz o seguinte:

6. O iTunes mostra em lista todos as cromos, e a cinzento claro os que não tens. Clica 'Get' se quiseres tirar esse cromo.

Vá, não negues a partida um software que não conheces... Nunca te julguei quadrada, por isso don't prove me wrong...

Beijinhos

sábado, 13 de novembro de 2010

Information blackout

Admito, tenho andado longe do mundo. Hoje, que pela primeira vez em semanas posso passar 3 horas seguidas em frente ao computador sem um objectivo work-related, percebo o quanto afastada tenho estado. Não sei nada sobre temas tão actuais como a vinda do Papa a Barcelona, as eleições na Catalunya ou a cimeira da NATO em Portugal. A minha principal fonte de informação destas ultimas semanas foi o Daily Show, 20 minutes-newslike-pieces que me fazem desligar do hospital sem perder o pouco tempo que tenho para dormir. E não é só o tempo que não tenho, é também a falta de disponibilidade mental (ou económica) para comprar a Vanguardia todos os dias, ou pelo menos ler o minimo dos minimos. Shame on me.
Mas uma coisa é certa: diáriamente e de forma quase religiosa, visito este blog, mesmo que não tenha tempo para escrever nem umas linhas. Por isso, seguindo esta lógica, pensei que este nosso espaço podia ser uma forma de me actualizar em poucos minutos. Vais perceber que adicionei mini-aplicacões: a Visão, a Vanguardia, o Finantial Times, o Courier Internacional, o Inimigo Publico e até um jornal novo em que o pai anda viciadissímo (chamado "i").
Vamos lá ver se resulta.
Burning Brigdes, part 1.

PS: Como não tenho Mac, pensei em colocar um podcast reader no blog, para ouvir a Caderneta de Cromos directamente. Também pensei que podia ser fixe se conseguissemos colocar aqui uma aplicação com os filmes que vimos recentemente, e uma valoração pessoal. Estou a estudar estas possibilidades. Aceitam-se sugestões. Bjj.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Just remember the telephones, well, they're working in both ways

Para relaxares entre bancos, uma música antiga que não consigo  parar de ouvir...   
 You and I both, Jason Mraz

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Building bridges is my part-time job

Pois, eu sei. Eu percebo que não seja o distanciar-te das pessoas, mas o distanciar-te do teu trabalho.
Só te posso dizer o que aconteceu comigo e o que ainda acontece, queres?

Na empresa isso acontecia-me nos primeiros meses recorrentemente. Se havia uma experiência que iria correr durante a noite, era certo e sabido que eu não conseguia desligar. Pus bem os parâmetros? Tinha memória suficiente? Os motores desligam depois? Se não ficasse bem feita no próximo dia teria que encarar colegas e perder tempo a refazer tudo, numa empresa onde tempo era essencial. Quando não era isso, era se tinha desligado a experiência ou se os mecanismos de segurança estavam ligados. Tinha pesadelos que no outro dia iria lá chegar e um curto-circuito tinha provocado um incêndio.

Passados uns meses entrei noutro estado. Chamei-lhe 'driving a car state'. Fazia as coisas em piloto automático e não me lembrava dos pormenores. Mas aprendi a confiar nos meus instintos. Se não me lembrava do que tinha feito, era porque estava bem feito. Mas quando havia alguma coisa a chatear-me, um detalhe que não me saia da cabeça mesmo que eu não soubesse bem bem porque, the money shot was that something was in fact wrong.

Enquanto não confiares nos teus instintos, o filtro que usas vai ser pouco ou nenhum. E o sentimento de alerta provocado por ele não serve propósito, a não ser o de sono perdido. Não estou a tentar comparar as consequências, sei que no teu caso há muito mais em jogo. Mas no fundo, no fundo, é um emprego e é como isso que tens de o encarar. Não é uma missão...

Acho que o que aconteceu comigo acontece com todos. Tu vais desligar-te do teu trabalho por uma questão de auto-preservação e quando entrares nesta fase, o teu sistema de alarme vai disparar apenas quando é necessário. E isto vai ser suficiente para dormires descansada.

Até lá que tal o BattleStar Galáctica (estou viciada)? Depois de duas seasons em 36 horas, acredita que já sonho com aquilo...

Beijinhos

sábado, 6 de novembro de 2010

Burning Bridges

Este é um titulo de uma canção unrealeased de Jason Mraz, disponivel no Spotify. Esta é (parte) da letra:

"I know exactly how you feel
You were this close to closing deals
When everything fell from out your hands
You were forced to decide on other plans now
You figured it best to just ignore it
Otherwise you're only living for it
And if anyone ever wondered why you did it
You'd swear they never knew you sold your soul to the
Burning, burning, burning, burning bridges

Burning, burning which is
Nothing more than a longing for being uninvolved
Uninvolved
Uninvolved
Uninvolved

Oh, desire can cause heart attacks
Oh, desire can cause heart attacks
Oh, desire can cause heart attacks
Oh, desire, it won't bring you back"


Porque te conto isto? Porque estou na fase onde preciso de queimar algumas pontes, distanciar-me ou, por outras palavras, being uninvolved. Nas últimas semanas trabalho das 8 às 20h (e pelos vistos não demasiado bem), tenho bancos dia sim dia não e, nos dias em que libero o banco, passo o dia a ter pesadelos com os doentes que vi.
Se falo com alguém disto, os mais novos estão (quase) tão queimados como eu, os mais velhos dizem-me que aprenderei a ignorar. Sei o que diz o clichet, e não é bem bem o mesmo caso: não é que não consiga distanciar-me dos doentes, porque consigo, não consigo é distanciar-me da responsabilidade que tenho para com eles: o antibótico que prescrevi, a prova que não me lembro se saiu bem, o detalhe que me passou ao lado. E durante o sono, que devia ser reparador, tudo isto assume proporções fantasmagóricas, e acordo sobressaltada. Os dias têm sido dificeis, as noites pior. E as olheiras debaixo dos meus olhos vão-se acumulando.

So...I need to burn some bridges... alguma sugestão?


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Grad School

Os Simpsons gozam com os estudantes de doutoramento!!!

Beijinhos


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Viabilizações...

Hoje na aula, deparei-me com uma questão rápida de um aluno sobre algo que não tinha lido. Á pressa li, disse-lhe uma coisa, afinal era outra. Quando percebi olhei para o aluno que se ia embora e fiquei na dúvida egoísta de como agir.   Devia passar a vergonha de, representando uma figura de autoridade, ter de admitir que me enganei ou deixa-lo ir sem dizer nada? Ganhar ou Perder. Engoli em seco, corrigi o erro, pedi desculpa. Achei que tinha nas minhas mãos uma pequena parte da educação destes alunos e que tinha o dever de lhes transmitir o meu conhecimento o melhor que sei.

Porque é que te estou a contar isto? Vinha no metro para casa e li estas linhas numa reportagem da Única sobre a história da elaboração de orçamentos de estado em Portugal.

No ano seguinte, o OE de Sousa Franco foi salvo 'in extremis' com a difícil colaboração do PSD de Marcelo Rebelo de Sousa, que, para se abster e o viabilizar, teve de arranjar um astuto estratagema. Para salvar a face, num cenário com evidentes paralelismos com a situação actual, Marcelo Rebelo de Sousa propôs a António Guterres que introduzisse uma  cláusula na proposta de OE com que o PSD não concordasse, para depois a retirar como sinal de cedência perante a pressão do principal partido da oposição. O pretexto acabaria por ser a coleta mínima. Marcelo arranjou até um 'slogan' para a ocasião: 'Pena Máxima para a Coleta Mínima', e António Costa acedeu em mentir aos jornais dizendo que o Governo fazia ponto de honra nessa medida económica. Pouco depois, Guterres anunciava que a coleta mínima seria retirada perante o ar vitorioso de Marcelo.


Quando é que chegámos a este ponto? Quando é que a política deixou de ser usada como plataforma de ideias discordantes para dar lugar a este reino da fantasia onde perder é morrer? Perder o que? Dignidade? Onde isso já vai...

No nosso Portugal não perder a face toma precedência sobre fazer a coisa certa com transparência e seriedade. E a humilhação de chegar a público uma história destas nada é comparada com a humilhação de admitir que viabilizar um orçamento é necessário.  E pelo tom no qual a reportagem está escrita, para estes jornalistas isto é normal, all in a day's work, right? Assim uma história mentida chega aos portugueses,  porque o Rebelo de Sousa e o António Costa concordaram que nós não temos direito a mais.  Quando é que deixámos de ter direito a mais?

E o argumento que a política é igual em todo o lado não me chega, porque não pode chegar! A fantasia onde os dirigentes vivem e que é alimentada pelo aparelho a que eles chamam partido, tem de acabar. As prioridades têm que ser restabelecidas e focadas nas pessoas a quem estas medidas afectam.  We are in desperately need of a rally to restore sanity...

O meu aluno hoje, teve direito a mais. Perdi a face, mas fiz a coisa certa.  E assim, tenho um pouco mais de sanidade.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Novo impresso do IRS 2010, proposto pelo Sócrates

Quando voltarmos, calha-nos preencher um igual a este...

sábado, 25 de setembro de 2010

Sugestões (blog)-o-gráficas

1) The Portuguese Economy : a politica enconómica portuguesa vista por portugueses... no estrangeiro. Admito, ainda não tive tempo para averiguar cores politicas, mas mesmo assim, os posts que tive oportunidade de ler pareceram-me coerentes. E os autores pertencem a (boas) universidades inglesas, americanas, espanholas... Let's give it a try!
Está em inglês... weird, right?
http://theportugueseeconomy.blogspot.com/

2) Cracked: blog americano de humor. Tem listas para tudo, tipo: 5 teorias da conspiração que são realmente verdade, 6 coisas horriveis que puseram nos cartoons para crianças, porque é que os filmes de Chuck Norris são sempre iguais...and so on...
Eu vi 3 articles interessantes (os de historia e TV são os mais giros), ainda que não sabemos até que ponto são baseados em verdadeiros factos. Mas já estou como o outro, who cares? ;)
- 10 palavras estrangeiras que a lingua inglesa necessita - check the last one (on the 2nd page) hehe!!
http://www.cracked.com/article_17251_the-10-coolest-foreign-words-english-language-needs.html
- 8 palavras xenófobas que usamos todos os dias sem saber:
http://www.cracked.com/article_16967_8-racist-words-you-use-every-day.html
- 8 simbolos históricos que significam o oposto do que pensamos (aparece o disfarce do V for Vendetta)
http://www.cracked.com/article_18606_8-historic-symbols-that-mean-opposite-what-you-think.html
Homepage: www.cracked.com

Do you Spotify?

Mandei-te um convite para o Spotify, um programa de procura instantânea de músicas. Escolhe a subscrição grátis, tens publicidade a cada três musicas, mas mesmo assim vale a pena. A database é gigante e ouves no segundo a música que queres.

Spotify rules!




Global Warming

Num passeio de fim-de-semana por Notting Hill encontro esta fotografia. É atribuido ao artista inglês Bansky que fez o mural no encerramento da 2009 Copenhagen Climate Conference.

O graffiti está no norte de Londres no Regent's Canal de Camden. Vamos lá da próxima vez que vieres?



domingo, 19 de setembro de 2010

I don't remember you lookin' any better, but then again I don't remember you

Do novo album do John Mayer, Battle Studies, gosto desta.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

T-shirts (versão british)

Aqui te deixo a versão inglesa das t-shirts tipo Cão Azul. A webpage estava na loja de Cambridge, onde estava na montra uma tshirt igualzinha há que me ofereceste. Tem outras bem originais, check these out:

http://www.t-chest.co.uk/2005/




A versão infantil:





And of course, my personal favourite:


Navy... what?

Amanhã por esta hora estarei a fazer uma coreografia com esta musica, na festa de bem-vinda dos novatos. Ser R1 sucks... O melhor? Vou de ladrão (personagem que nem aparece neste videoclip, o original), tapadinha até aos olhinhos... pelo menos não haverá provas da minha participiação. Sim, porque ainda tenho esperança de chegar a Commander in Chief da nossa pequena nação hehe!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Recovering a Lazyholic (named me)

http://recoveringlazyholic.com/index.html

Aqui está a página sobre o lazy lado da vida... Entra na parte dos stuffs, vais encontrar posters com mensagens engraçadas e cheias de razão, que (let's face it) todos necessitamos de ouvir tarde o temprano. Eu mais que todos, nestes 15 dias pre-férias onde a unica coisa que me apetece fazer é dormir e ler Harry Potter...

Aqui está o mosaico do want vs need: http://recoveringlazyholic.com/needtowant.html

Este é para mim...


Este é para ti...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

(anestesiada)

"Se te sentires com sono, é porque a máscara (facial do doente) está a fugar gás!"

Estou a rotar por anestesia: um mundo maravilhoso onde tento canalizar (sem sucesso) vias periféricas, ventilar e intubar doentes dormidos (com as mãos mais pequenas alguma vez criadas, vejo agora) e tomar o pequeno almoço 23.846 vezes numa manhã. Ainda assim, talvez sinta falta disto quando acabar...

Aqui te deixo o hino da anestesia:




E uma conversa entre um anestesista e um ortopedista:
Nota para que entendas: Há o preconceitos entre os médicos de que os ortopedistas são puros carpinteiros que não sabem nada de medicina. Ah! e assistolia é o coração parar de bater (ou seja, se se mantém por alguns segundos, é a morte do artista).


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Overheard at the Museum (or at the Bookshop or while Shopping)

Hoje é o 1º domingo do mês, e como tal os museus em Barcelona estão abertos pela manhã e são gratuitos. Lá fui eu, o mais cedo que consegui, ao MNAC, Museu Nacional Art de Catalunya, e como sempre, perdi-me na gift shop. Descubri uns imans muito originais, cujo o tema era "Overheard at the Museum", e cuja história é a seguinte: uma fotógrafa (Judith Henry) perde-se pelo MoMa e outros museus de NY e regista o que ouve entre os visitantes. Junta então fotos dos transeuntes e frases que vai apanhando. Deu coisas do estilo:
- Dennis, hands off!
- Untitled, Untitled, Untitled! Couldn't someone with so much imagination think of a title?
- I could use one of those in my living room!
- Let's go to the gift shop first!
- I've seen enough art for today.

Como teve tanto sucesso, alargou o seu campo de trabalho a livrarias, centros comerciais, casamentos, e publicou livros inteiros with these little gossips... Faz-te realmente pensar duas vezes antes de começar a criticar algum artista num museu lol. :)

Aqui tens a sua página web e algumas das imagens que encontrei mais giras:
http://judithhenry.net/theme/projects/overheard-book-series/

sábado, 4 de setembro de 2010

Sleep is a Reconciling

Ás 6h da manhã é fácil arranjar lugar no metro. E no comboio. E no autocarro.
E já que a necessidade no topo da pirâmide - ir sentada - está satisfeita, passo para a próxima: o que fazer no tempo de viagem. Não trouxe livros, ponho-me a pensar no blog e na discussão que rodeia o nosso conceito de pátria.
Antes achava que a minha pátria tinha ficado no sul pelas ruas de Lisboa, no Expresso e nos cafés, nas conversas de cerveja no bairro alto ou nas praias micro-climáticas da nossa terra.
Por esta razão acho que resisti a tornar Delft a minha casa. Sem sucesso, devo acrescentar, já que Delft foi-se infiltrando na minha teimosia - hoje sinto falta do mercado ao sábado, dos sinos a tocar insistentemente em época natalícia, dos croquetes no pão, do cheiro a stroopwafles acabadas de fazer e da moldura de água e canais. Lisboa foi ficando para trás e hoje quase que a estranho. Como uma autora disse uma vez de Cambridge - 'Cambridge já foi minha, agora é de outras gentes' – talvez Lisboa já tenha tido o seu espaço e o seu tempo.
Agora aqui, estou bem. Encontrei a minha tranquilidade no centro do mundo. E assim, num processo natural, percebo que o meu conceito de pátria estendeu-se a tudo o que trago comigo. Deixou há muito de ser uma terra, uma tradição, uma língua, para passarem a ser as minhas terras, as tradições que vou criando todos os dias, as pessoas com quem vou partilhando os dias bons ou os pequenos aborrecimentos. Representa todos os bairros onde viveste, os teus amigos que conheço de nome, as tuas vivências que não tive. A minha pátria é também as saudades tuas, da nossa família, dos amigos que fui fazendo. São os valores que partilho contigo e os que fomos moldando em diferentes países. É a língua em que aprendemos a falar e a língua onde tento desenfreadamente e sem sucesso um sotaque Oxfordiano. É Amsterdao, Barcelona, Nova Iorque.

A mãe diz que não temos raízes. Que não temos pátria.

Não concordo.
O problema é que temos muitas.

Deixo-te com uma estrofe de John Dowland muito lembrada por mim esta semana – reconheces?

Sleep is a reconciling,
A rest that peace begets:
Doth not the sun rise smiling
When fair at even he sets?

Já vi, não gostei.

Já vi o video da entrevista que me disseste. O que foi aquilo?? Opinosa, "como comenta o seu tom", "olhou para as vitimas durante o julgamento?", "hum, ham..." - mas o que é isto? Como é que comentas um tom?? E para onde quer ela que ele olhe?
A minha opinião é que ela estava sob o efeito de algo, de certeza... Ou então acordou naquele dia a pensar que estava de férias e disseram-lhe que tinha de ir para ali amargar a tarde... não sabia nada de factos, hesitava, fazia perguntas parvas, dirigia-se sempre com insinuações... passou-se!
Já estou como o outro "você devia de ter um pouco mais de bom senso..." . É que depois deste video, quer queiras quer não, até apetece solidarizar-se com o senhor, culpado ou inocente que seja... porque ninguém merece uma entrevistadora com tão pouco trambelho.
Os media portugueses pensam que governam o país - é pedir demasiado um pouco mais de profissionalismo e subtileza? Porque isto é bater no fundo, mesmo. Poc Poc.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

E tu, onde tens a tua pátria?

Por causa da multiculturalidade do meu novo trabalho, e porque quando acabar o projecto vou ter quase tantos anos "cá fora como lá dentro", sou obrigada quase diariamente a discutir o conceito de pátria.
Nao sou catalã, por supuesto, mas muitas das sua ideias e manias foram-se incorporando na minha pessoa. Como dizia Fernando Pessoa da Coca-Cola, "primeiro estranha-se e depois entranha-se", o mesmo se passou comigo, e hoje sou levada a defender algumas coisas que os meus colegas, acabados de chegar e deparados com o catalão, as diferenças culturais com Madrid, o pan-amb-tomaquet, etc, não conseguem entender e, dando o passo natural seguinte, chateiam-se. Consigo perceber a sua perspectiva, eu já fui assim aos 19 anos, acabadinha de chegar e com uma tweeny a 1200km, mas cresci, vi o que tinha a ganhar se me mantivesse open-minded - fui incorporando as novidades que me agradavam e fui tentando entender aquilo com que discordava. Hoje tenho a minha própria opinião formada, não é boa nem má, mas é pouco susceptivel às novas perspectivas de alguns dos meus colegas que, sabendo-me estrangeira, acham que partilho. Não é que seja senhora da verdade, sou é demasiado velha para estas novas andanças, até porque posso afirmar que escolhi estar aqui neste momento da minha vida (bem ou mal, o tempo o dirá). E seria um pouco ingrato rebeliar-me contra a terra que me deu a oportunidade de fazer tudo que me deu na real gana nestes ultimos 7 anos (curso, bolsa de trabalho...) e onde tenho amigos que me levaram ao colo em muitas alturas. Não sei. Não sou catalã, mas também já não sou estrangeira neste pais, o que me faz não pertencer a nenhuma equipa - sinto-me um pouco "lost in translation". Não digo isto para me queixar, digo isto to prove a point.
Sou portuguesa claro. Sou portuguesa porque partilho com os portugueses algo tao importante como a educação, o património cultural, a lingua, o fado, os ditados populares, o humor negro, os desenhos animados da RTP1, os livros da Alice Vieira, etc... e isto, parecendo que não, é um laço que não quebra. Tenho em Portugal o meu cantinho, "una playa y un pueblo que me acompañan de noche cuando no estás junto a mi...". Mas, por muito portuguesa que seja, já Portugal também me sobra um pouco, porque vi outras coisas, experimentei, incorporei... e mudei. Já só Portugal não me chega.
E voltamos à pergunta inicial: onde está a tua pátria?
Acho importante saber de onde vêem as pessoas. E não para separá-las por blocos, mas para entender. Tenho a experiencia de que, durante os primeiros dias em todos os departamentos, eu sou "a portuguesa", mas que isso não quer dizer nada, não faz mal. Porque sei que, uns dias mais tarde, quer seja pelo meu trabalho, o meu humor negro ou outra coisa qulaquer, eu vou passar a ser conhecida pelo meu nome próprio. Definitivamente. E isso conquista-se e tem um saborzinho a chocolate belga. E por isso nao me envergonho ou orgulho-me exageradamente de onde venho, porque "sou mais que isso".
Mas que é importante saber de onde partes, isso é - porque quer queiras quer não a cultura traças as linhas das fundações sobre as quais nos vamos erguer. E porque para mim é mais fácil entender diferenças culturais que perdoar defeitos de educação. Explico: aceito naturalmente que temos distintas perspectivas porque temos distintos backrounds (os power rangers não chegaram a todas as partes), mas resulta-me fisicamente impossível aceitar a malformação de base. Por isso, falando com um colego meu que opinava que nao nos podiamos definir pelo nosso pais de origem, eu respondia que tudo isso era verdade, mas que não nos podíamos esquecer do nosso ponto de partida, porque isso explicava muito acerca de quem éramos. E ainda bem que assim é. Se eu nao pudesse culpar a alma portuguesa pelo meu saudosismo e pouco habilidade prática, estava bem lixada.
E voltando à pátria... deixo-te diferentes perspectivas:
Numa noticia da Vanguardia, que também não posso aportar (grrr... espera só até eu ter assinatura e ter acesso à ediçao completa online!) um investor de Sillicone Valley dizia que eram os imigrantes quem mais facilmente aportavam investimento ao seu país de acolhida porque, nao estando viciados pela cultura e educaçao, conseguiam perceber mais facilmente de que é que o país necessitava. Esta era a forma como ele entendia o conceito de pátria, alguém que fazia algo pelo país, mesmo que nao fosse originariamente o seu.
Por outro lado um professor de Oxford (essa noticia tenho guardada para te mostrar hehehe) teoriza que somos responsáveis por tudo o que os nossos antepassados fizeram, pelo que deveriamos ir tentando corregir com a nossa vida os erros da história, and make emends for all that can be traced to our godfathers. Essa é a sua pátria.
E qual é a nossa? Ou, melhor, qual é a minha?
No meio destas andanças, não sei. Acho que a minha pátria não é nada físico, ou até é: a aldeia com 20 casas e um sino cada quarto de hora (ainda que não saiba quanto tempo mais me resta por lá), o fado da Mariza e do Camané, a lareira, o oceano Atlântico, a Grande Noite, o pai e mãe sem falhar à espera no aeroporto, a sopa de agriões com feijão da avó, a Vanguardia, as stroopwafels, o Skype, a paella de marisco, a Estació de Sants, os waffles da Australian com a tia e os miúdos, a RFM, os bagels de sementes do supermercado da tua rua, o teu sotão em Delft, a ópera de Amsterdam em alemão, sei lá...
Podes pensar que estou a delirar totalmente, mas lembrei-me de tudo isto porque pensava na facilidade que era explicar a confusao da minha cabeça neste pequeno blog. Acho que, acima de tudo, tenho de concordar com Fernando Pessoa: a minha pátria é a lingua portuguesa. E por isso as minhas amigas dizem que pareço outra pessoa quando falo português. E por isso odeio o acordo ortográfico.
A minha pátria é a lingua portuguesa. E és tu, por supuesto :)

PS: vaya rollo t'he fotut!

domingo, 29 de agosto de 2010

Your Vichisoise...

(se descubrires o porquê do titulo, the next bagles are on me )

Hoje saiu na Vanguardia o ranking "The World's Best Countries" da revista norte-americana Neewsweek , onde afirma que a Suecia é o 3º país melhor para se viver no mundo. Tinha, entre outros atributos, o 3º melhor sistema de saúde do mundo (exequo com Espanha, que no resto dos parametros avaliados - educação, dinâmica politica e económica etc - perdia muitíssimo terreno...), o 8º na educacão, o 1º em political environment and so on...

Aqui te deixo o link:
http://www.newsweek.com/2010/08/15/interactive-infographic-of-the-worlds-best-countries.html

Se não consegues abrir, vai à página inicial:
http://www.newsweek.com/feature/2010/the-world-s-best-countries.html

PS: A ironia? Que seja uma revista americana (ou seja, mais republicana que tu) a dar-te razão. Payback is a b****.
(agora é que nosso blog tem mesmo de ficar entre nós...ups!)

Pois

Pois, nisso tens razão. Neste momento para fazer jornalismo, a imparcialidade já não é requerimento. Mas vê por outra perspectiva, até que ponto não somos condicionados (à boa maneira Pavloviana), mesmo nas pequenas coisas a vida? Na outra semana saía um articulo na Vanguardia (e que agora não consigo encontrar na versão online porque são uns chulos capitalistas que pedem $ para tudo), onde explicava que até nas nossas pesquisas no Google, existe uma hidden agenda. O jornalista dava o exemplo de que, ao pesquisar "rights" no Google, a ordem pela qual saíam resultados como "human rights", "state-of-law rights", ou "animal rights" variavam segundo a lingua do buscador- e em alguns paises os termos "women / children rights" nem apareciam! Que algumas noticias muito mediáticas deixavam de aparecer simplesmente de um dia para o outro - puff! - para um dia reaparecerem no topo dos resultado sem lógica aparente. Não é teoria da conspiração, é mesmo assim...

Não sei, às vezes que parece que deixámos de pensar por nós próprios, e que pagamos a gente que o faça por nós... e depois saiem discussões como as da praia... em que os detentores das (so-called) expert opinions nao conseguem conceber que o "daily routine" de uma pessoa normal ainda conte para algo. Principalmente se for para discordar deste profissionais-do-pensamento-illuminatti, que não fazem outra coisa da vida senão teorizar sobre o povinho pateta, fácil de conduzir e cego perante a magnitude da sua ignorancia. E agora pergunto eu... e quem nos ensina a pensar? - sim, porque ninguém nasceu ensinado, ou com um Sócrates grego na sua adolescencia... pelo que só posso deduzir que a educação das massas devia ser responsabilidade do (bom) jornalismo, e de outras profissoes igualmente letradas.
Buff, estou farta...
Não gostei do filme Australia, mas a punchline ficou na minha cabeça:

"Just because it is, doesn't mean it should be"

Imparcialidade

Acho que hoje em dia a imparcialidade não é um requerimento: nas últimas eleições - David Cameron vs. Gordon Brown - a maior parte dos jornais (Time, FT, Guardian,...) tomava partido imediato e publicamente admitido. Liam-se nas primeiras frases do editorial 'In this magazine's opinion …. is clearly the most advantageous to the country', ou afirmações semelhantes. Os artigos seguintes seguiam naturalmente as tendências manifestadas no editorial.

Talvez não seja de esperar imparcialidade a um jornalista - apenas isenção e gravidade na descrição de factos. E são duas as questões que se impõem: são os factos apresentados no seu total, rigorosamente, ou selectivamente revelados para o fim desejado? Como são geridas as participações de jornalistas da redacção que não manifestam necessariamente a perspectiva do editor?

Não sei.

Mas nas palavras de uma canção famosa (Bruce Hornsby?):

'That's just the way it is
Some things will never change
That's just the way it is
Ah, but don't you believe them'

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Your opinion, what is that? It's just a different point of view...

Ultimamente tem havido uma discussão no blog "Bordado Ingles", blog convidado do Publico e que sigo mostly because of you, sobre a objectividade no Jornalismo, defendendo a escritora que é impossível a objectividade total, já que os jornalistas são seres humanos:
http://bordadoingles.blogspot.com/2010/08/os-jornalistas-sao-subjectivos-porque.html
(Tens the full webpage do blog nos feeds).

Não consigo estar de acordo, principalmente pela crença enraizada que tenho (talvez porque foi esse o conceito que me ensinaram na escola) que o jornalismo por definição deve ser objectivo, e depois cada um é responsável por tirar as suas próprias conclusões (se tiver para se dar ao trabalho, é claro). Habituada ao jornalismo espanhol, muito mais opinoso que o português, às vezes para mim é dificil saber se realmente posso acreditar no que leio, por mais imparcial que julgue a fonte (a tagline de La Vanguardia no ano 2001 era "No somos responsables por su opinión, pero si que tenga alguna", o que vim a confirmar nestes ultimos anos que nem sempre é certo).

Enfim, tudo isto para dizer que nos últimos tempos ando cansada do jornalismo cínico e opinoso, cuja máxima expressão vi no Finantial Times na última London trip (sorry!).

Ainda sobre este tema, também no "Bordado Ingles" apareceu um post interessante: um comediante britanico resolveu colar etiquetas em jornais alertando para as noticias viciosas. Aqui te deixo a sua página, alguns exemplos e a respectiva "versão-portuguesa-herbert-richard":

http://www.tomscott.com/warnings/





quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Gadgets are a girls's best friend

Compra! Na internet sai-te mais barato, mas se acontece alguma coisa não sei bem a quem envias para reparação. Se calhar mais vale dares uns tostões para teres alguém com quem gritar....

Não preciso para mim, acabei de comprar o Time Machine da Apple que já me levou meio ordenado.

Beijinhos

terça-feira, 17 de agosto de 2010

I buy tech gadgets, therefore I am

Ok, estou deprimida. Deep deep. A unica forma de me animar é procurar um novo disco externo, com muita capacidade e barato... Humor me, please.

Vi este, o que é que tu achas? Diz-m eo que achas: se é fiável comprá-lo online, por causa da garantia, do preço, etc... não sei, aqui custa 150 euros... Ou achas que encontras mais barato nalguma loja perdida em Londres? Vou ter de deixá-lo contigo alguns dias na mesma, porque tens quase tudo o que perdi, assim que mais vale comprar aí se o preço compensa.

Então? Que achas? And, more important, don't you want one as well?

domingo, 8 de agosto de 2010

Let's make it personal!

Na busca da Nespresso ideal, encontrei este site, que é português. O projecto chama-se Colantes, e convida-te a personalizar as tuas coisas (Bimby, máquina Nespresso, paredes...), com autocolantes! A loja oficial está em Lx mas também se pode comprar online. Tem coisas giras, e pelo menos marca pela diferença - não temos de ser todos iguais, lol!

Quando formos a Lisboa, temos de lá dar outro saltinho...

Deixo-te aqui o site oficial e as páginas dos artigos referentes à nespresso.

Home Page: http://home.colantes.com/loja/

Página Nespresso: http://home.colantes.com/loja/index.php?main_page=index&cPath=25&zenid=f280680cb2c3f3b24adb598b9c3274a9

Página da tua coffee machine: http://home.colantes.com/loja/index.php?main_page=index&cPath=25_26

For example:

Le Cool

Quando vos visitei tinham aí um livro que se chamava "Le cool - A Weird and Wonderful Guide to London". Já tinha visto um sobre Barcelona há muito tempo, um numa loja perdida perto da minha academia do MIR, e hoje voltei lá - mas está esgotado, vai ser lançada uma nova edição em 2010. Mesmo assim descubri que existe um magazine semanal (tipo agenda cultural) no mesmo estilo, e acho que vale a pena dares uma olhadela ao de Londres, pode ser que tenha alguma sugerencia fixe.





sábado, 7 de agosto de 2010

T-Shirts

Estava a ver uma T-shirt usada pelo Nuno Markl num website que dizia "Vamos lá despachar isto que hoje ainda tenho que mudar fraldas". Fiz uma pesquisa na net e são feitas na loja do Cão Azul (www.caoazul.com). Quando formos a Portugal temos mesmo de lá dar um saltinho, mas entretanto aqui ficam duas sugestões deles que achei espectaculares.

Beijinhos










quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vivemos num mundo de freaks...



Eis como me sinto perante algumas situaçoes... Engenheiros vs médicos, sempre os mesmos freaks motivados sem remédio (ou sem vida...) hehe. Todavia , ainda assim, tudo isto me faz rir. Enjoy uma quadricula (para mim épica) de um dos ultimos cartoons do phd comics.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nespresso

Já tenho uma Nespresso! Não é bem igual igual à tua, mas tambem é fixe! (e não te preocupes - é automática)
Por causa dela ultimamente tem-me vindo à cabeça uma canção da banda sonora original do filme Garden State (highly recommended by the way):

"I drink good coffee every morning
Comes from a place that's far away
And when I'm done I feel like talking...
...Without you here, there is less to say"

Colin Hay


A little treat...

Se já tens internet, e ainda não te esqueceste deste nosso cantinho, aqui te deixo the new address of an old friend...

http://tvshack.cc/

I've missed scrubs!

beijos

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Addictive...



PS: mas porque raio é que me aparece tudo cortado a meio? Vê la tu se consegues fazer alguma coisa de jeito disto...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Changes are bad for your health

Estou aqui, às 17h de um dia normalíssimo, na biblioteca (como nao...) a ganhar coragem para me levantar e ir dar 300 euros por um frigorifico.
Penso - é só respirar fundo e ir - mas nao é "só".

Estou a ficar velha para estas coisas.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ring Passos Coelho

Tens de ouvir isto: é das Manhãs da Comercial e chama-se "Ring My Passos"

Atenta nos versos:

Pedro Passos Coelho/ A rótula é um osso do joelho

e

Quer ajudar o pais /Porque a situação está má
É vizinho de um primo meu/ que reside em Massamá

Já não se faz poesia desta...


http://podcastmcr.clix.pt/rcomercial/arquivo/downloads/ring_my_passos.mp3


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Avatar=Pocahontas?

Ve o link em baixo. É do Huffington Post, um site que tem sempre notícias divertidas. Neste caso, a "prova à la Huffington" que o Avatar foi inspirado na Pocahontas.

http://www.huffingtonpost.com/2010/01/04/avatar-pocahontas-in-spac_n_410538.html

Kisses

sexta-feira, 5 de março de 2010

Engineering Girls

Como relata este cartoon do Phd Comics:

Engineering girls have to spend hours in front of the mirror choosing what to wear every day...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Balançar

Aqui estou eu, às 21.30 desta noite de Fevereiro, à espera das 12 badaladas...

Oiço a Mafalda Veiga, como um pacote de rebuçados que fui especialmente comprar para esta data, e "balanço"...

Quando comecei este blog, pensei que era uma maneira simples de irmos trocando informação, porque normalmente só sinto que algo é real depois de te contar.

Pus-lhe o nome entre Barcelona e Cambridge, com a ideia que é entre estas duas cidades que iremos balançar alguns anos. Confesso que agora, à beira da revelação, preferia ainda não ter de confrontar-me com a ideia que talvez, só talvez, tenha que mudar de rota. E não é por medo de mudar de cidade, ou até é, mas não é só, até porque eu sei lá o que quero fazer a seguir. O que me chateia é que seja uma nota, um número na lista, a decidir onde vou passar os próximos 5 anos. Prefiro arrepender-me da decisão tomada do que não poder escolher.

Disse-te um dia que "if you can't enjoy de road, don't take it". E tenciono cumpri-lo. Não tenho mais 5 anos para gastar...

Já vivi 2.838 vidas, e agora, parafraseando John Meyer, "I'm hoping to see the world through both my eyes".

E tu esperas, em Cambridge, as minhas 12 badaladas... e eu deixo de sentir que estou sozinha neste carrossel.

Obrigada.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

PhD Comics

Aqui está a melhor maneira de passar as tardes de sexta (quando o fim-de-semana está tão perto e não apetece trabalhar).
É desconcertadamente realista...