Vi este vídeo, achei engraçado. Lembras-te de que tipo de crianças éramos?
I find it hard to believe we were as forgiving as the last two kids...
sábado, 24 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
C'est fini!
É desta que o FMI vende a Grécia aos chineses...
Lagarde quer "solução permanente" para a Grécia
at Diário Económico, 18/11/12
Lagarde afirmou hoje que o FMI vai tentar chegar esta semana a um acordo definitivo e realista que permita reduzir o endividamento grego.
Ao terminar mais cedo o seu périplo pela Ásia do Sudeste para participar na próxima terça-feira em Bruxelas na reunião do Eurogrupo sobre a Grécia, Lagarde afirmou aos jornalistas que qualquer acordo sobre a redução da dívida grega tem que estar "assente na realidade e não em desejos sem fundamento".
Para a directora-geral do FMI, uma solução permanente para os problemas gregos significa que a União Europeia tem que mostrar o seu empenho no salvamento do país, aceitando uma nova redução da dívida grega.
"Eu tento sempre ser construtiva, mas tenho dois objectivos: um é construir e aprovar um programa para a Grécia que seja sólido, convincente, sustentável e assente na realidade. O outro é manter a integridade, credibilidade e qualidade dos conselhos que estamos a dar, não pelo Fundo em si, mas para emprestar estas qualidades aos Europeus, já que é nisso que eles estão interessados", disse Lagarde antes de deixar as Filipinas.
No passado dia 13, o FMI e o Eurogrupo mostraram desacordo em público, quando o presidente da instituição europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que o objectivo de redução da dívida pública grega para 120% do PIB até 2020 deveria ser adiado para 2022. Na ocasião, uma Lagarde aparentemente surpreendida rejeitou a ideia, afirmando que o objectivo de 2020 terá que ser mantido, provavelmente à custa de um perdão parcial da dívida. Este impasse tem ameaçado atrasar a entrega da nova tranche do resgate grego no valor de 31,5 mil milhões de euros, colocando Atenas perigosamente perto da bancarrota.
"Eles podem não gostar do que faço (...) mas é no interesse deles", afirmou Lagarde, referindo-se aos credores europeus da Grécia.
A Grécia vive actualmente o sexto ano do que já se tornou numa depressão económica que destruiu 20% do PIB do país e levou o desemprego nacional aos 25%. Um eventual perdão da dívida grega é uma questão difícil para muitos políticos europeus, em particular a Chanceler alemã Angela Merkel, que enfrenta eleições legislativas em 2013.
http://economico.sapo.pt/noticias/lagarde-quer-solucao-permanente-para-a-grecia_156477.html
Lagarde quer "solução permanente" para a Grécia
at Diário Económico, 18/11/12
Lagarde afirmou hoje que o FMI vai tentar chegar esta semana a um acordo definitivo e realista que permita reduzir o endividamento grego.
Ao terminar mais cedo o seu périplo pela Ásia do Sudeste para participar na próxima terça-feira em Bruxelas na reunião do Eurogrupo sobre a Grécia, Lagarde afirmou aos jornalistas que qualquer acordo sobre a redução da dívida grega tem que estar "assente na realidade e não em desejos sem fundamento".
Para a directora-geral do FMI, uma solução permanente para os problemas gregos significa que a União Europeia tem que mostrar o seu empenho no salvamento do país, aceitando uma nova redução da dívida grega.
"Eu tento sempre ser construtiva, mas tenho dois objectivos: um é construir e aprovar um programa para a Grécia que seja sólido, convincente, sustentável e assente na realidade. O outro é manter a integridade, credibilidade e qualidade dos conselhos que estamos a dar, não pelo Fundo em si, mas para emprestar estas qualidades aos Europeus, já que é nisso que eles estão interessados", disse Lagarde antes de deixar as Filipinas.
No passado dia 13, o FMI e o Eurogrupo mostraram desacordo em público, quando o presidente da instituição europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que o objectivo de redução da dívida pública grega para 120% do PIB até 2020 deveria ser adiado para 2022. Na ocasião, uma Lagarde aparentemente surpreendida rejeitou a ideia, afirmando que o objectivo de 2020 terá que ser mantido, provavelmente à custa de um perdão parcial da dívida. Este impasse tem ameaçado atrasar a entrega da nova tranche do resgate grego no valor de 31,5 mil milhões de euros, colocando Atenas perigosamente perto da bancarrota.
"Eles podem não gostar do que faço (...) mas é no interesse deles", afirmou Lagarde, referindo-se aos credores europeus da Grécia.
A Grécia vive actualmente o sexto ano do que já se tornou numa depressão económica que destruiu 20% do PIB do país e levou o desemprego nacional aos 25%. Um eventual perdão da dívida grega é uma questão difícil para muitos políticos europeus, em particular a Chanceler alemã Angela Merkel, que enfrenta eleições legislativas em 2013.
http://economico.sapo.pt/noticias/lagarde-quer-solucao-permanente-para-a-grecia_156477.html
domingo, 11 de novembro de 2012
A minha canção de domingo
Fui a este concerto na sexta-feira. É de um grupo de pop-folk catalão, formado por 4 amigos, que cantam letras com uma ironia seca acerca de tudo... se entendesses as letras irias gostar. Esta canção, que te deixo traduzida, fala de nós...
"Louisiana O Els Camps De Cotó"/ "Louisiana o os campos de algodão" :
Diz que andou a fazer o que lhe apeteceu
Diz que fez vida em mil cidades,
Que dormiu em sitios onde fazia frio
E que, tu mãe, nunca irias aprovar...
Que está contente, e que tudo corre bem.
Diz que está contente, e que tudo corre bem.
Há umas coordenadas, diz para mostrar-vos,
que vos ponha no Google Maps
E que um dia, de passada,
Passou a noite numa aldeia e que acabou ficando
Que é de aqui de onde escreve.
Diz que tem uma casa longe de tudo, e um 4x4
E quando vai ao pueblo a comprar, sabem o que lhe acontece?
Que te atende um velhote que lembra-lhe alguém.
Lembra-lhe alguém....
Diz que amou raparigas e mulheres
Que mais de uma lhe fez perder o norte
Mas diz que nestas coisas, já se sabe,
Quando menos esperas, é quando tens um golpe de sorte.
E que estão bem, que tudo lhes corre bem.
Diz que tem uma filha de 3 anos, com os teus olhos, pai.
Que ele sempre lhe fala em catalão, e que tem muita graça
Porque quando a põe na cama, há dias em que ela confunde
"Boa noite" e "calças".
Diz que visto desde perspectiva
Tem muito claro que aqui não sería feliz.
Mas reconhece que isto de desaparecer assim,
tão tranquilo, sem nos avisar,
Foi ir-se embora com muito pouco estilo.
E que o tempo cura tudo
Põe tudo no seu lugar.
Diz que desde o alpendre vê um um céu que não se acaba
E que á noite sai sempre a fumar e pensa em nós.
E que por muito longe que esté, que não tenhamos medo,
O que há de ser será.
Diz que um dia temos que ir (visitar), que o avisemos com tempo, mas que tem camas de sobra...
(em catalão)
Diu que ha anat fent al seu aire, que ha fet vida a mil ciutats,
que ha dormit en llocs que feien feredat
i que tu, mare, mai haguessis aprovat.
Que està content, que tot va bé.
Diu que està content, que tot va bé.
Hi ha com unes coordenades, diu que us ho ensenyi,
que us ho posi al Google Maps.
I diu que un dia, de passada,
va fer nit en un poble i que s'hi va acabar quedant.
Que és des d'aquí, des d'on escriu.
Diu que té una casa lluny de tot i un quatre per quatre.
I quan baixa al poble a omplir el rebost, sabeu què li passa?
Que el despatxa un avi que li fa pensar en algú.
Que li fa pensar en algú
Ha estimat noies i dones.
Diu que més d'una li va fer perdre el nord.
Però diu que amb aquestes coses, ja se sap,
quan menys t'ho esperes és quan tens un cop de sort.
I que estan bé, que els hi va bé.
Diu que té una filla de tres anys amb els teus ulls, pare.
Que ell sempre li parla en català i fot molta gràcia
perquè quan la posa al llit, hi ha dies que confon
"bona nit" i "pantalons".
Diu que vist amb perspectiva
té molt clar que aquí no hagués estat feliç.
Però reconeix que això de desaparèixer,
tan tranquil, sense avisar-nos,
és marxar amb molt poc estil.
I que amb el temps, que ho cura tot,
tot s'anirà posant a lloc.
Diu que des del porxo veu un cel que no te l'acabes.
Que a la nit sempre surt a fumar i pensa en nosaltres.
I que, per molt lluny que estigui, no hem de tenir por,
quan s'hi hagi de ser, hi serà.
Diu que un dia hi hem d'anar, que l'avisem amb temps, però que té llits de sobres.
"Louisiana O Els Camps De Cotó"/ "Louisiana o os campos de algodão" :
Diz que andou a fazer o que lhe apeteceu
Diz que fez vida em mil cidades,
Que dormiu em sitios onde fazia frio
E que, tu mãe, nunca irias aprovar...
Que está contente, e que tudo corre bem.
Diz que está contente, e que tudo corre bem.
Há umas coordenadas, diz para mostrar-vos,
que vos ponha no Google Maps
E que um dia, de passada,
Passou a noite numa aldeia e que acabou ficando
Que é de aqui de onde escreve.
Diz que tem uma casa longe de tudo, e um 4x4
E quando vai ao pueblo a comprar, sabem o que lhe acontece?
Que te atende um velhote que lembra-lhe alguém.
Lembra-lhe alguém....
Diz que amou raparigas e mulheres
Que mais de uma lhe fez perder o norte
Mas diz que nestas coisas, já se sabe,
Quando menos esperas, é quando tens um golpe de sorte.
E que estão bem, que tudo lhes corre bem.
Diz que tem uma filha de 3 anos, com os teus olhos, pai.
Que ele sempre lhe fala em catalão, e que tem muita graça
Porque quando a põe na cama, há dias em que ela confunde
"Boa noite" e "calças".
Diz que visto desde perspectiva
Tem muito claro que aqui não sería feliz.
Mas reconhece que isto de desaparecer assim,
tão tranquilo, sem nos avisar,
Foi ir-se embora com muito pouco estilo.
E que o tempo cura tudo
Põe tudo no seu lugar.
Diz que desde o alpendre vê um um céu que não se acaba
E que á noite sai sempre a fumar e pensa em nós.
E que por muito longe que esté, que não tenhamos medo,
O que há de ser será.
Diz que um dia temos que ir (visitar), que o avisemos com tempo, mas que tem camas de sobra...
(em catalão)
Diu que ha anat fent al seu aire, que ha fet vida a mil ciutats,
que ha dormit en llocs que feien feredat
i que tu, mare, mai haguessis aprovat.
Que està content, que tot va bé.
Diu que està content, que tot va bé.
Hi ha com unes coordenades, diu que us ho ensenyi,
que us ho posi al Google Maps.
I diu que un dia, de passada,
va fer nit en un poble i que s'hi va acabar quedant.
Que és des d'aquí, des d'on escriu.
Diu que té una casa lluny de tot i un quatre per quatre.
I quan baixa al poble a omplir el rebost, sabeu què li passa?
Que el despatxa un avi que li fa pensar en algú.
Que li fa pensar en algú
Ha estimat noies i dones.
Diu que més d'una li va fer perdre el nord.
Però diu que amb aquestes coses, ja se sap,
quan menys t'ho esperes és quan tens un cop de sort.
I que estan bé, que els hi va bé.
Diu que té una filla de tres anys amb els teus ulls, pare.
Que ell sempre li parla en català i fot molta gràcia
perquè quan la posa al llit, hi ha dies que confon
"bona nit" i "pantalons".
Diu que vist amb perspectiva
té molt clar que aquí no hagués estat feliç.
Però reconeix que això de desaparèixer,
tan tranquil, sense avisar-nos,
és marxar amb molt poc estil.
I que amb el temps, que ho cura tot,
tot s'anirà posant a lloc.
Diu que des del porxo veu un cel que no te l'acabes.
Que a la nit sempre surt a fumar i pensa en nosaltres.
I que, per molt lluny que estigui, no hem de tenir por,
quan s'hi hagi de ser, hi serà.
Diu que un dia hi hem d'anar, que l'avisem amb temps, però que té llits de sobres.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
El abuelo que saltó por la ventana y se largó
Na nossa biblioteca, deixo-te 2 livros novos. O 1º, na app do Kindle, chama-se "the 100-year-old-men who climb out the window and disappeared", é de um escritor sueco, e fala da história do séc XX, na voz de um "abuelo" de 100 anos, que foge de uma casa de repouso. Todos me recomendaram, dizem que é mesmo divertido e ideal para quem gosta de politica e história.
O 2º deixo-te na nossa biblioteca habitual, é um epub, comprei no iBooks. Chama-se "Tantos Tontos Tópicos", recomendou-me V., e é de um filósofo espanhol . Num capitulo por frase, este autor reflexiona sobre ditos comuns, que dizemos cada dia, por expemplo "respeto sus ideas pero no las comparto", "no es nada personal", "estoy en mi perfecto derecho". Faz uma análise do seu significado, as bases de cada afirmaçao e a sua repercussao nos outros interlocutores. Foi-me muito recomendado, e a verdade é que está cheio de frases que eu digo mil vezes...
Have a nice Autumn!
O 2º deixo-te na nossa biblioteca habitual, é um epub, comprei no iBooks. Chama-se "Tantos Tontos Tópicos", recomendou-me V., e é de um filósofo espanhol . Num capitulo por frase, este autor reflexiona sobre ditos comuns, que dizemos cada dia, por expemplo "respeto sus ideas pero no las comparto", "no es nada personal", "estoy en mi perfecto derecho". Faz uma análise do seu significado, as bases de cada afirmaçao e a sua repercussao nos outros interlocutores. Foi-me muito recomendado, e a verdade é que está cheio de frases que eu digo mil vezes...
Have a nice Autumn!
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Where's Plato when you need him?
No dia 25/09/12, uma manifestação organizada nas redes sociais decidiu "ocupar" o Congreso (Parlamento) em Madrid. Obviamente houve confusão (os espanhóis não protestam com flores e abraços como os portugueses). O governo tentou, previsivelmente e não esquecendo que é um governo de direitíssimas, imputar uma queixa-crime aos organizadores da manifestação.
Mas surpreendemente, o poder judicial, que neste país quase sempre canta em coro com o poder executivo, decidiu não dar continuidade à caixa crime. Uma das razões ? "Os protestos estão perfeitamente justificados com a decadência actual da classe política actual". E sim, isto aparece exactamente assim no documento oficial da resolução (que eu li atentamente de uma ponta à outra porque nem queria acreditar... atenta na imagem que anexo).
Se trata de la primera resolución de la Audiencia sobre las protestas organizadas por el movimiento 25-S, referida en este caso sólo a los convocantes. Estas diligencias se abrieron antes de las manifestaciones y por tanto no incluyen a los detenidos durante la protesta. El auto del juez Pedraz se refiere en exclusiva a quienes hicieron llamamientos para participar en el 25-S. Las decisiones que se adopten sobre los detenidos dependerán, en suma, de los datos que existan sobre su presunta participación en otros hechos por los que están inicialmente imputados por varios supuestos delitos, entre ellos desobediencia y lesiones.
La juez ante la que prestaron la primera declaración estimó que algunos de ellos podrían haber incurrido también en un delito contra las altas instituciones del Estado, del que debería entender la Audiencia Nacional. El juez Pedraz, a su vez, rechazó esa competencia a la vista de las diligencias policiales, y no acumuló al primer proceso los datos sobre incidentes y detenciones del pasado 25 de septiembre, que quedaron en manos de la justicia ordinaria. El Supremo tendrá que decidir a quién corresponde seguir el caso. La Fiscalía, a su vez, cree que al menos siete de los detenidos pudieron cometer el mencionado delito contra las altas instituciones del Estado.
A la espera de lo que se resuelva en el caso de los detenidos en el cerco al Congreso, el primer auto de Santiago Pedraz sobre los convocantes es todo un revés para el Gobierno y la mayor parte de los partidos del arco parlamentario, en la medida en que el juez asume los motivos de la protesta. “No cabe –dice el auto– prohibir el elogio o la defensa de ideas o doctrinas, por más que éstas se alejen o incluso pongan en cuestión el marco constitucional, ni, menos aún, de prohibir la expresión de opiniones subjetivas sobre acontecimientos históricos o de actualidad, máxime ante la convenida decadencia de la denominada clase política”.
En el auto en el que archiva las diligencias abiertas contra los organizadores de la manifestación, el magistrado recuerda que la libertad de expresión ampara este tipo de manifestaciones y recuerda que exigir un proceso de destitución y ruptura del régimen vigente mediante la dimisión del Gobierno en pleno –como hacían los convocantes del 25-S–, en modo alguno puede considerarse como un delito. Y razona que ello es así “no sólo porque no existe, sino porque en caso de que sí existiera atentaría claramente al derecho fundamental de la libertad de expresión”, que es uno de los más importantes entre los reconocidos en la Constitución.
La resolución también dirige críticas frontales a la Policía, a la que acusa de haber exagerado la verdadera dimensión de los hechos. El juez estima que nunca se pretendió llamar a la toma del Congreso por las armas y que los incidentes protagonizados por algunos manifestantes durante el cerco del 25-S no se pueden atribuir a quienes convocaron una protesta que pretendía ser pacífica. Los convocantes celebraron con alborozo la resolución, criticada en cambio por la generalidad de las fuerzas políticas, con más o menos contundencia.
El presidente del Congreso, Jesús Posada, trató de representar el sentir general en la Cámara al manifestar que la clase política no está en decadencia y que aunque los políticos no deben enjuiciar a los jueces, en este caso quería disentir abiertamente. Pero no todas las reacciones fueron tan comedidas. El secretario de Formación del PSOE y portavoz socialista en la comisión de Fomento del Congreso, Rafael Simancas, recurrió a la ironía y devolvió la crítica al juez. En Twitter, Simancas dejó caer el siguiente comentario: “¿Habrán quitado los espejos en los juzgados?”. El diputado socialista hizo un pareado con el apellido del juez y le llamó “lenguaraz”. Los jueces, a su vez, se dividieron ante el auto. La conservadora Asociación Profesional de la Magistratura (APM), lo criticó, sobre todo por su alusión a la clase política, y lo consideró un “exceso literario” que resulta “innecesario y superfluo”. Pero la asociación progresista Jueces para la Democracia (JpD) estimó que al referirse a los políticos el magistrado sólo quiso transmitir la opinión de los convocantes de la manifestación.
El ministro del Interior, Jorge Fernández Díaz, volvió a defender la actuación de las fuerzas del orden. Añadió que hicieron un “servicio ejemplar” el 25-S.
Mas surpreendemente, o poder judicial, que neste país quase sempre canta em coro com o poder executivo, decidiu não dar continuidade à caixa crime. Uma das razões ? "Os protestos estão perfeitamente justificados com a decadência actual da classe política actual". E sim, isto aparece exactamente assim no documento oficial da resolução (que eu li atentamente de uma ponta à outra porque nem queria acreditar... atenta na imagem que anexo).
El juez justifica el cerco al Congreso por “la decadencia” de los políticos, at La Vanguardia, 05/10/12
Una decisión judicial aumentó ayer la polémica sobre las manifestaciones registradas junto al Congreso. El juez de la Audiencia Nacional Santiago Pedraz acordó el archivo de las diligencias instruidas contra ocho personas imputadas por haber intervenido en la organización de la protesta. Lo importante no es sólo la decisión, sino los argumentos en los que se basa, en el sentido de que una de las causas que explican las concentraciones es “la decadencia de la denominada clase política”.Se trata de la primera resolución de la Audiencia sobre las protestas organizadas por el movimiento 25-S, referida en este caso sólo a los convocantes. Estas diligencias se abrieron antes de las manifestaciones y por tanto no incluyen a los detenidos durante la protesta. El auto del juez Pedraz se refiere en exclusiva a quienes hicieron llamamientos para participar en el 25-S. Las decisiones que se adopten sobre los detenidos dependerán, en suma, de los datos que existan sobre su presunta participación en otros hechos por los que están inicialmente imputados por varios supuestos delitos, entre ellos desobediencia y lesiones.
La juez ante la que prestaron la primera declaración estimó que algunos de ellos podrían haber incurrido también en un delito contra las altas instituciones del Estado, del que debería entender la Audiencia Nacional. El juez Pedraz, a su vez, rechazó esa competencia a la vista de las diligencias policiales, y no acumuló al primer proceso los datos sobre incidentes y detenciones del pasado 25 de septiembre, que quedaron en manos de la justicia ordinaria. El Supremo tendrá que decidir a quién corresponde seguir el caso. La Fiscalía, a su vez, cree que al menos siete de los detenidos pudieron cometer el mencionado delito contra las altas instituciones del Estado.
A la espera de lo que se resuelva en el caso de los detenidos en el cerco al Congreso, el primer auto de Santiago Pedraz sobre los convocantes es todo un revés para el Gobierno y la mayor parte de los partidos del arco parlamentario, en la medida en que el juez asume los motivos de la protesta. “No cabe –dice el auto– prohibir el elogio o la defensa de ideas o doctrinas, por más que éstas se alejen o incluso pongan en cuestión el marco constitucional, ni, menos aún, de prohibir la expresión de opiniones subjetivas sobre acontecimientos históricos o de actualidad, máxime ante la convenida decadencia de la denominada clase política”.
En el auto en el que archiva las diligencias abiertas contra los organizadores de la manifestación, el magistrado recuerda que la libertad de expresión ampara este tipo de manifestaciones y recuerda que exigir un proceso de destitución y ruptura del régimen vigente mediante la dimisión del Gobierno en pleno –como hacían los convocantes del 25-S–, en modo alguno puede considerarse como un delito. Y razona que ello es así “no sólo porque no existe, sino porque en caso de que sí existiera atentaría claramente al derecho fundamental de la libertad de expresión”, que es uno de los más importantes entre los reconocidos en la Constitución.
La resolución también dirige críticas frontales a la Policía, a la que acusa de haber exagerado la verdadera dimensión de los hechos. El juez estima que nunca se pretendió llamar a la toma del Congreso por las armas y que los incidentes protagonizados por algunos manifestantes durante el cerco del 25-S no se pueden atribuir a quienes convocaron una protesta que pretendía ser pacífica. Los convocantes celebraron con alborozo la resolución, criticada en cambio por la generalidad de las fuerzas políticas, con más o menos contundencia.
El presidente del Congreso, Jesús Posada, trató de representar el sentir general en la Cámara al manifestar que la clase política no está en decadencia y que aunque los políticos no deben enjuiciar a los jueces, en este caso quería disentir abiertamente. Pero no todas las reacciones fueron tan comedidas. El secretario de Formación del PSOE y portavoz socialista en la comisión de Fomento del Congreso, Rafael Simancas, recurrió a la ironía y devolvió la crítica al juez. En Twitter, Simancas dejó caer el siguiente comentario: “¿Habrán quitado los espejos en los juzgados?”. El diputado socialista hizo un pareado con el apellido del juez y le llamó “lenguaraz”. Los jueces, a su vez, se dividieron ante el auto. La conservadora Asociación Profesional de la Magistratura (APM), lo criticó, sobre todo por su alusión a la clase política, y lo consideró un “exceso literario” que resulta “innecesario y superfluo”. Pero la asociación progresista Jueces para la Democracia (JpD) estimó que al referirse a los políticos el magistrado sólo quiso transmitir la opinión de los convocantes de la manifestación.
El ministro del Interior, Jorge Fernández Díaz, volvió a defender la actuación de las fuerzas del orden. Añadió que hicieron un “servicio ejemplar” el 25-S.
O abacaxi da discordia
Nota-se um pouco que a Vanguardia não tem lá muito respeito pela Merkel...
Vê só a sua "portada" (1ª página) no dia 10/10/12:
;p
Vê só a sua "portada" (1ª página) no dia 10/10/12:
;p
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Castanhas quentinhas...
Em Portugal os bons alunos cansaram-se e mandaram a Troika "lixar-se". E não foram sindicatos, politicos da oposição, não. Foi gente como nós, que pelo Facebook e Twiter arrastaram milhares de pessoas. E aqui desde dentro, as medidas do Governo dão mesmo vontade de rir (e depois de chorar), a sério, e não é só maldade ou vontade de dizer mal. Se antes era a taxa social unica (que um professor do ISEG definiu como " onde é que já se viu, a criada doméstica passar um cheque à dona da casa"), agora é o aumento do IVA (já vamos em 23%) e mais cortes salariais, que em conjunto vão fazer que os trabalhadores paguem o equivalente anual a 1 mes de ordenado ao estado. Sim, parece que é inconstitucional por parte do Governo não pagar o 13º e o 14º mes aos funcionários - mãs não é inconstitucional que os funcionários paguem um 13º mes ao governo??
E mesmo assim, ainda não perdemos o hábito de protestar con flores.
Mas aqui ao lado, bem perto de mim, os cidadanianão é tao pacifica. Madrid está farta. Barcelona vai pedir a independencia, e já convocou eleições anntecipadas, que legitimizem esta proposta, para finais de Novembro.
Prevejo um Outono quente... com cheiro a castanhas assadas embrulhadas em papel de jornais de cabeçalhos fervilhantes...
Alberto Casillas, o empregado de mesa com nome de futebolista que se tornou estrela em Espanha
Enquanto em Portugal as fotografias das manifestações mostram senhoras a oferecer flores ou abraços aos elementos das forças de intervenção, as imagens que chegam de Espanha mostram uma realidade menos pacífica.
Alberto Casillas está a ganhar protagonismo nas redes sociais e nos meios de comunicação espanhóis. A câmara fotográfica de Javi Julio captou o momento em que o empregado de mesa defendeu os seus clientes - cerca de 200 - e não deixou que a polícia entrasse no estabelecimento onde trabalha para dispersar as pessoas que ali se refugiaram.
"Primeiro, impediu que a Polícia passasse, depois pediu que [os manifestantes de fora do restaurante] não atirassem mais pedras [à polícia] e em seguida convidou-os a jantar", relatou o fotógrafo na sua conta no Twitter.
Os incidentes entre polícias e manifestantes no protesto "Cerca o Parlamento", convocado para terça-feira, terminou com a detenção de 30 pessoas e mais de 60 feridos, um deles em estado grave.
Alberto Casillas, 49 anos, símbolo de resistência e coragem, é casado, pai de dois filhos, e trabalha num restauramte do centro de Madrid, muito perto da praça Neptuno, o epicentro da manifestação
"Não sou herói, foi um ato humano e qualquer cidadão tinha feito o mesmo", disse à imprensa espanhola, explicando que o incidente ocorreu por volta das 22h00 locais (21h00 em Lisboa).
"Ouvi um dos agentes dizer que ia entrar para proceder à identificação das pessoas. Disse-lhe que ali não entravam, porque só lá estava gente inocente. Agora, mais a frio, não sei se voltaria a fazer o mesmo, mas a verdade é que estava com muito medo porque se eles entrassem podia surgir um rio de sangue", explicou.
at SAPO Noticias, 26/09/12
E mesmo assim, ainda não perdemos o hábito de protestar con flores.
Mas aqui ao lado, bem perto de mim, os cidadanianão é tao pacifica. Madrid está farta. Barcelona vai pedir a independencia, e já convocou eleições anntecipadas, que legitimizem esta proposta, para finais de Novembro.
Prevejo um Outono quente... com cheiro a castanhas assadas embrulhadas em papel de jornais de cabeçalhos fervilhantes...
Alberto Casillas, o empregado de mesa com nome de futebolista que se tornou estrela em Espanha
Enquanto em Portugal as fotografias das manifestações mostram senhoras a oferecer flores ou abraços aos elementos das forças de intervenção, as imagens que chegam de Espanha mostram uma realidade menos pacífica.
Alberto Casillas está a ganhar protagonismo nas redes sociais e nos meios de comunicação espanhóis. A câmara fotográfica de Javi Julio captou o momento em que o empregado de mesa defendeu os seus clientes - cerca de 200 - e não deixou que a polícia entrasse no estabelecimento onde trabalha para dispersar as pessoas que ali se refugiaram.
"Primeiro, impediu que a Polícia passasse, depois pediu que [os manifestantes de fora do restaurante] não atirassem mais pedras [à polícia] e em seguida convidou-os a jantar", relatou o fotógrafo na sua conta no Twitter.
Os incidentes entre polícias e manifestantes no protesto "Cerca o Parlamento", convocado para terça-feira, terminou com a detenção de 30 pessoas e mais de 60 feridos, um deles em estado grave.
Alberto Casillas, 49 anos, símbolo de resistência e coragem, é casado, pai de dois filhos, e trabalha num restauramte do centro de Madrid, muito perto da praça Neptuno, o epicentro da manifestação
"Não sou herói, foi um ato humano e qualquer cidadão tinha feito o mesmo", disse à imprensa espanhola, explicando que o incidente ocorreu por volta das 22h00 locais (21h00 em Lisboa).
"Ouvi um dos agentes dizer que ia entrar para proceder à identificação das pessoas. Disse-lhe que ali não entravam, porque só lá estava gente inocente. Agora, mais a frio, não sei se voltaria a fazer o mesmo, mas a verdade é que estava com muito medo porque se eles entrassem podia surgir um rio de sangue", explicou.
at SAPO Noticias, 26/09/12
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Genius!!!
Agora que a Caderneta de Cromos esta a chegar ao fim, decidi tentar por a Mixórdia de Temáticas aqui ao lado. Que achas? Aqui ficam duas das últimas que me puseram a rir sozinha!
Pieguice no facebook
Já agora um vídeo do Portugalex indicado para a ocasião:
-Sr. Ministro das Finanças, não há boas notícias para os portugueses?
- Claro que há! O Ferrero Rocher vai voltar no final do verão. Querem melhor notícia que esta?!
Já agora um vídeo do Portugalex indicado para a ocasião:
-Sr. Ministro das Finanças, não há boas notícias para os portugueses?
- Claro que há! O Ferrero Rocher vai voltar no final do verão. Querem melhor notícia que esta?!
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Forrest Gump
Ainda hoje não sei se qual das duas versões do proverbio chinês é verdadeira: se "may you live in interesting years" ou "God forbid we grow in interesting years".
Mas hoje lembrei-me de Forrest Gump.
Hoje é o dia da Diada Catalana, o dia em que os catalães perderam a Idependencia no séc XVII, e nós ganhámos a nossa (graças a eles, parece ser). E hoje, metade da Catalunya sai à rua para reclamar um Pacto Fiscal, ou, em seu defeito, a independencia. E nunca antes tanto apoio houve, talvez empurrados pela crise, talvez por um catalanismo acentuado pelo desemprego e pela humilhação de ser ver obrigados a pedir um rescate a España quando são a comunidade que mais paga para o Governo Central.
E eu, expectadora fervilhante mas distante (pela objectividade que me permite a minha nacionalidade), não posso deixar de admirar a História que de desenrola debaixo da minha janela.
E tu vives em Londres na época em que a City reina a cidade, e em que a Europa discute uma moeda que cada vez mais os ingleses agradecem não ter. Em que os Estados Unidos da Europa lutam para sobreviver, e tu podes assistir, do lado de dentro do palco, à perspectiva de um país que nunca quis pertencer a nada disto.
E os EUA têm pela primeira vez um Presidente negro e querem reelegelo. E Portugal pediu um rescate quando os nossos dois pais são funcionários públicos e todos estes cambios lhes afectam directamente.
Hoje tenho curiosidade de saber qual dos dois provérbios é real, para que a ancestral sabedoria chinesa me ajudasse a antever como esta montanha russa acaba para gente como nós. E como nós digo duas Forrest Gump, cuja maior diferença com esta personagem de cine é o nosso sentido critico demasiado over-developed (como me disse ontem o meu chefe).
E os nossos good-looks claro. E não ter jeito nenhum para correr.
Sem ser estas diferenças, tal como Forrest, parece-me que a Historia Contemporanea nos passa de trás e envolve-nos, tal qual cenário de fundo no cinema, mas a 3D.
Just glad there's two of us, that's all.
Just glad there's two of us, that's all.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Disambiguation
Hoje descobri, por acaso, que a nossa eterna frase “the hottest places in Hell are reserved for those who in time of moral crisis preserve their neutrality” era atribuida a Dante Aligheri, o escritor florentino da época mediaval, sec XV. Pelos vistos, era a citação favoriva de JFKennedy, que a atribuia a um dos cantos da obra Inferno de Dante, e foi a citada por ele frequentemente como justificação para tomar posições politicas em conformidade.
Mas uma busca rápida pela Internet revelou que é uma misquote: "Dante placed those who "non furon ribelli né fur fedeli" — were neither for nor against God, in a special region near the mouth of Hell; the lowest part of Hell, a lake of ice, was for traitors."
Mas uma busca rápida pela Internet revelou que é uma misquote: "Dante placed those who "non furon ribelli né fur fedeli" — were neither for nor against God, in a special region near the mouth of Hell; the lowest part of Hell, a lake of ice, was for traitors."
Ou seja, quando muito, estamos a citar Kennedy, não Dante.
Ainda assim, a explicação na wikipedia do Inferno de Dante é interessante: estava dividido por circulos, em cada um o narrador ia conhecendo diferentes personagens (ficticias e não só): por exemplo no 1º, estavam Socrates, Platão, Julio Cesar (cidadão exemplares mas que não aceitaram Deus), e cada vez mais profundamente, nos outros circulos, viam-se outras personagens cada vez mais pecadores: os traidores (por exemplo Judas), os infiéis, algumas personagens de Homero, etc...
O livro Inferno, de Dante, é um dos que é gratuito na livraria dos iBooks.
Um beijo.
Misquote: http://en.wikiquote.org/wiki/Dante_Alighieri
A explicaçao de Inferno de Dante: http://en.wikipedia.org/wiki/Inferno_(Dante)
Ainda assim, a explicação na wikipedia do Inferno de Dante é interessante: estava dividido por circulos, em cada um o narrador ia conhecendo diferentes personagens (ficticias e não só): por exemplo no 1º, estavam Socrates, Platão, Julio Cesar (cidadão exemplares mas que não aceitaram Deus), e cada vez mais profundamente, nos outros circulos, viam-se outras personagens cada vez mais pecadores: os traidores (por exemplo Judas), os infiéis, algumas personagens de Homero, etc...
O livro Inferno, de Dante, é um dos que é gratuito na livraria dos iBooks.
Um beijo.
Misquote: http://en.wikiquote.org/wiki/Dante_Alighieri
A explicaçao de Inferno de Dante: http://en.wikipedia.org/wiki/Inferno_(Dante)
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Iran-Contra Affair
Na minha leitura de Single Roll of the Dice, que by the way you MUST MUST read, sob pena de continuares a ser uma ignorante acerca da politica do Medio Oriente. Este livro fala nos diversos tipos de árabes, persas, israelitas... e explica-te os acordos entre eles e os EUA, o que te dá muitas luzes sobre o actual conflito na Siria, e quem apoia quem e porquê.
Enfim, nessa minha leitura, deparei-me com o termo " the Iran-Contra Scandal". Eu não tinha net, o pai já não se lembrava dos detalhes, e foi o tio o unico que me conseguiu dar umas luzes.
Não sei porquê, mas tenho a sensação de ter ouvido falar disto antes, embora não consiga recordar onde...
Aqui está a explicação do que significa:
http://en.wikipedia.org/wiki/Iran–Contra_affair
Enfim, nessa minha leitura, deparei-me com o termo " the Iran-Contra Scandal". Eu não tinha net, o pai já não se lembrava dos detalhes, e foi o tio o unico que me conseguiu dar umas luzes.
Não sei porquê, mas tenho a sensação de ter ouvido falar disto antes, embora não consiga recordar onde...
Aqui está a explicação do que significa:
http://en.wikipedia.org/wiki/Iran–Contra_affair
domingo, 22 de julho de 2012
Algo estranho acontece
Deixo-te um canção nova. Chama-me cínica, mas ainda não percebi se é de amor ou humor lol!
PS: Vou deixar-te no Dropbox a versão epub de uma trilogia chamada "Fifty Shades of Grey". Não é para nada o nosso tipo de literatura, mas a pink da Ale conveceu-me com "é a ultima moda en Londres", e que lhe havia recomendado a sua melhor amiga que vive lá... Deu-me aquilo para ler ontem, enquanto tomavamos sol no seu terraço, e não me apetecia pensar em coisas sérias lol...
Bottom line: já vou a meio, aquilo chamar-lhe erótico é um "severe understatment" (if you know what I mean), but let's face it... it's addictive and everyones is talking about it (even the Time Magazine)!
Não consigo pensar em algo pior para ler, mas é Verão, desculpa-me!
Care to take a look? ;)
terça-feira, 3 de julho de 2012
I'm in love!
Num video de 3 min, alguém me consegue fazer entender algo que nunca antes ninguém me conseguiu explicar decentemente... E como este video há mil, há colecções de videos inteiras sobre o "Paulson Bailout", ou o "Geithner Plan". Como notei cepticismo na tua voz quando te falei nisto, deixo-te a prova.
PS: não consigo encontrar os mp3 da U. Winscosin no iTunes do iPad. Tens a ceretza que não os sacaste pelo Mac? Deixa-mos no Dropbox, please!
http://www.khanacademy.org/#core-finance
PS: não consigo encontrar os mp3 da U. Winscosin no iTunes do iPad. Tens a ceretza que não os sacaste pelo Mac? Deixa-mos no Dropbox, please!
http://www.khanacademy.org/#core-finance
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Te apetece adoptar un pueblito?
Este Verão, a campanha espanhola de Aquarius propõe, a todos os citadinos que não têm "un pueblo a donde volver de vacaciones", a adoptar um.
Opá, temos de reconhecer que é uma idea gira: estamos em crise (não há muito dinheiro para férias), há 50 pueblos (com falta de gente) que se inscreveram, e mais de 3.500 pessoas já "adoptaram" uma destas aldeias - e há mais de 18.000 petições esperando!
Já o teu amigo Tito dizia, que ao fim-de-semana tinhamos todos "uma casa" a onde voltar, e ele não... ;)
Lucky us: tenemos una playa y un pueblo que nos acompañan de noche... :)
Opá, temos de reconhecer que é uma idea gira: estamos em crise (não há muito dinheiro para férias), há 50 pueblos (com falta de gente) que se inscreveram, e mais de 3.500 pessoas já "adoptaram" uma destas aldeias - e há mais de 18.000 petições esperando!
Já o teu amigo Tito dizia, que ao fim-de-semana tinhamos todos "uma casa" a onde voltar, e ele não... ;)
Lucky us: tenemos una playa y un pueblo que nos acompañan de noche... :)
quinta-feira, 28 de junho de 2012
We are all keynesians now?
Ontem, Krugman escreveu no seu blog um post em apoio desde manifesto. Neo-keynesianismo? Si, por supuesto... mas mesmo assim vale a pena ler alguns argurmentos:
A Manifesto for Economic Sense (http://www.manifestoforeconomicsense.org/)
More than four years after the financial crisis began, the world’s major advanced economies remain deeply depressed, in a scene all too reminiscent of the 1930s. And the reason is simple: we are relying on the same ideas that governed policy in the 1930s. These ideas, long since disproved, involve profound errors both about the causes of the crisis, its nature, and the appropriate response.
These errors have taken deep root in public consciousness and provide the public support for the excessive austerity of current fiscal policies in many countries. So the time is ripe for a Manifesto in which mainstream economists offer the public a more evidence-based analysis of our problems.
■ The causes. Many policy makers insist that the crisis was caused by irresponsible public borrowing. With very few exceptions - other than Greece - this is false. Instead, the conditions for crisis were created by excessive private sector borrowing and lending, including by over-leveraged banks. The collapse of this bubble led to massive falls in output and thus in tax revenue. So the large government deficits we see today are a consequence of the crisis, not its cause.
■ The nature of the crisis. When real estate bubbles on both sides of the Atlantic burst, many parts of the private sector slashed spending in an attempt to pay down past debts. This was a rational response on the part of individuals, but - just like the similar response of debtors in the 1930s - it has proved collectively self-defeating, because one person’s spending is another person’s income. The result of the spending collapse has been an economic depression that has worsened the public debt.
■ The appropriate response. At a time when the private sector is engaged in a collective effort to spend less, public policy should act as a stabilizing force, attempting to sustain spending. At the very least we should not be making things worse by big cuts in government spending or big increases in tax rates on ordinary people. Unfortunately, that’s exactly what many governments are now doing.
■ The big mistake. After responding well in the first, acute phase of the economic crisis, conventional policy wisdom took a wrong turn - focusing on government deficits, which are mainly the result of a crisis-induced plunge in revenue, and arguing that the public sector should attempt to reduce its debts in tandem with the private sector. As a result, instead of playing a stabilizing role, fiscal policy has ended up reinforcing the dampening effects of private-sector spending cuts.
In the face of a less severe shock, monetary policy could take up the slack. But with interest rates close to zero, monetary policy - while it should do all it can - cannot do the whole job. There must of course be a medium-term plan for reducing the government deficit. But if this is too front-loaded it can easily be self-defeating by aborting the recovery. A key priority now is to reduce unemployment, before it becomes endemic, making recovery and future deficit reduction even more difficult.
How do those who support present policies answer the argument we have just made? They use two quite different arguments in support of their case.
The confidence argument. Their first argument is that government deficits will raise interest rates and thus prevent recovery. By contrast, they argue, austerity will increase confidence and thus encourage recovery.
But there is no evidence at all in favour of this argument. First, despite exceptionally high deficits, interest rates today are unprecedentedly low in all major countries where there is a normally functioning central bank. This is true even in Japan where the government debt now exceeds 200% of annual GDP; and past downgrades by the rating agencies here have had no effect on Japanese interest rates. Interest rates are only high in some Euro countries, because the ECB is not allowed to act as lender of last resort to the government. Elsewhere the central bank can always, if needed, fund the deficit, leaving the bond market unaffected.
Moreover past experience includes no relevant case where budget cuts have actually generated increased economic activity. The IMF has studied 173 cases of budget cuts in individual countries and found that the consistent result is economic contraction. In the handful of cases in which fiscal consolidation was followed by growth, the main channels were a currency depreciation against a strong world market, not a current possibility. The lesson of the IMF’s study is clear - budget cuts retard recovery. And that is what is happening now - the countries with the biggest budget cuts have experienced the biggest falls in output.
For the truth is, as we can now see, that budget cuts do not inspire business confidence. Companies will only invest when they can foresee enough customers with enough income to spend. Austerity discourages investment.
So there is massive evidence against the confidence argument; all the alleged evidence in favor of the doctrine has evaporated on closer examination.
The structural argument. A second argument against expanding demand is that output is in fact constrained on the supply side - by structural imbalances. If this theory were right, however, at least some parts of our economies ought to be at full stretch, and so should some occupations. But in most countries that is just not the case. Every major sector of our economies is struggling, and every occupation has higher unemployment than usual. So the problem must be a general lack of spending and demand.
In the 1930s the same structural argument was used against proactive spending policies in the U.S. But as spending rose between 1940 and 1942, output rose by 20%. So the problem in the 1930s, as now, was a shortage of demand not of supply.
As a result of their mistaken ideas, many Western policy-makers are inflicting massive suffering on their peoples. But the ideas they espouse about how to handle recessions were rejected by nearly all economists after the disasters of the 1930s, and for the following forty years or so the West enjoyed an unparalleled period of economic stability and low unemployment. It is tragic that in recent years the old ideas have again taken root. But we can no longer accept a situation where mistaken fears of higher interest rates weigh more highly with policy-makers than the horrors of mass unemployment.
Better policies will differ between countries and need detailed debate. But they must be based on a correct analysis of the problem. We therefore urge all economists and others who agree with the broad thrust of this Manifesto to register their agreement at www.manifestoforeconomicsense.org, and to publically argue the case for a sounder approach. The whole world suffers when men and women are silent about what they know is wrong.
A Manifesto for Economic Sense (http://www.manifestoforeconomicsense.org/)
More than four years after the financial crisis began, the world’s major advanced economies remain deeply depressed, in a scene all too reminiscent of the 1930s. And the reason is simple: we are relying on the same ideas that governed policy in the 1930s. These ideas, long since disproved, involve profound errors both about the causes of the crisis, its nature, and the appropriate response.
These errors have taken deep root in public consciousness and provide the public support for the excessive austerity of current fiscal policies in many countries. So the time is ripe for a Manifesto in which mainstream economists offer the public a more evidence-based analysis of our problems.
■ The causes. Many policy makers insist that the crisis was caused by irresponsible public borrowing. With very few exceptions - other than Greece - this is false. Instead, the conditions for crisis were created by excessive private sector borrowing and lending, including by over-leveraged banks. The collapse of this bubble led to massive falls in output and thus in tax revenue. So the large government deficits we see today are a consequence of the crisis, not its cause.
■ The nature of the crisis. When real estate bubbles on both sides of the Atlantic burst, many parts of the private sector slashed spending in an attempt to pay down past debts. This was a rational response on the part of individuals, but - just like the similar response of debtors in the 1930s - it has proved collectively self-defeating, because one person’s spending is another person’s income. The result of the spending collapse has been an economic depression that has worsened the public debt.
■ The appropriate response. At a time when the private sector is engaged in a collective effort to spend less, public policy should act as a stabilizing force, attempting to sustain spending. At the very least we should not be making things worse by big cuts in government spending or big increases in tax rates on ordinary people. Unfortunately, that’s exactly what many governments are now doing.
■ The big mistake. After responding well in the first, acute phase of the economic crisis, conventional policy wisdom took a wrong turn - focusing on government deficits, which are mainly the result of a crisis-induced plunge in revenue, and arguing that the public sector should attempt to reduce its debts in tandem with the private sector. As a result, instead of playing a stabilizing role, fiscal policy has ended up reinforcing the dampening effects of private-sector spending cuts.
In the face of a less severe shock, monetary policy could take up the slack. But with interest rates close to zero, monetary policy - while it should do all it can - cannot do the whole job. There must of course be a medium-term plan for reducing the government deficit. But if this is too front-loaded it can easily be self-defeating by aborting the recovery. A key priority now is to reduce unemployment, before it becomes endemic, making recovery and future deficit reduction even more difficult.
How do those who support present policies answer the argument we have just made? They use two quite different arguments in support of their case.
The confidence argument. Their first argument is that government deficits will raise interest rates and thus prevent recovery. By contrast, they argue, austerity will increase confidence and thus encourage recovery.
But there is no evidence at all in favour of this argument. First, despite exceptionally high deficits, interest rates today are unprecedentedly low in all major countries where there is a normally functioning central bank. This is true even in Japan where the government debt now exceeds 200% of annual GDP; and past downgrades by the rating agencies here have had no effect on Japanese interest rates. Interest rates are only high in some Euro countries, because the ECB is not allowed to act as lender of last resort to the government. Elsewhere the central bank can always, if needed, fund the deficit, leaving the bond market unaffected.
Moreover past experience includes no relevant case where budget cuts have actually generated increased economic activity. The IMF has studied 173 cases of budget cuts in individual countries and found that the consistent result is economic contraction. In the handful of cases in which fiscal consolidation was followed by growth, the main channels were a currency depreciation against a strong world market, not a current possibility. The lesson of the IMF’s study is clear - budget cuts retard recovery. And that is what is happening now - the countries with the biggest budget cuts have experienced the biggest falls in output.
For the truth is, as we can now see, that budget cuts do not inspire business confidence. Companies will only invest when they can foresee enough customers with enough income to spend. Austerity discourages investment.
So there is massive evidence against the confidence argument; all the alleged evidence in favor of the doctrine has evaporated on closer examination.
The structural argument. A second argument against expanding demand is that output is in fact constrained on the supply side - by structural imbalances. If this theory were right, however, at least some parts of our economies ought to be at full stretch, and so should some occupations. But in most countries that is just not the case. Every major sector of our economies is struggling, and every occupation has higher unemployment than usual. So the problem must be a general lack of spending and demand.
In the 1930s the same structural argument was used against proactive spending policies in the U.S. But as spending rose between 1940 and 1942, output rose by 20%. So the problem in the 1930s, as now, was a shortage of demand not of supply.
As a result of their mistaken ideas, many Western policy-makers are inflicting massive suffering on their peoples. But the ideas they espouse about how to handle recessions were rejected by nearly all economists after the disasters of the 1930s, and for the following forty years or so the West enjoyed an unparalleled period of economic stability and low unemployment. It is tragic that in recent years the old ideas have again taken root. But we can no longer accept a situation where mistaken fears of higher interest rates weigh more highly with policy-makers than the horrors of mass unemployment.
Better policies will differ between countries and need detailed debate. But they must be based on a correct analysis of the problem. We therefore urge all economists and others who agree with the broad thrust of this Manifesto to register their agreement at www.manifestoforeconomicsense.org, and to publically argue the case for a sounder approach. The whole world suffers when men and women are silent about what they know is wrong.
Shame on you, big bank!
Ontem vi no Guardian que o Barclays tinha sido multado pela FSA (Financial Services Authority) por ter manipulado as taxas Libor e Euribor. Como não sabia o que representavam, nem como se manipula uma taxa destas, fui ler o relatório da FSA:
http://www.guardian.co.uk/business/interactive/2012/jun/27/barclays-fsa-findings-libor
A primeira coisa que salta á vista é a facilidade com que percebes o relatório. Está escrito numa linguagem acessível e clara, dá o contexto, e descreve a importância da situação. Achei super interessante, e pus aqui certas partes (parafraseadas) do relatório:
-O que é a Euribor e Libor?
The London Interbank Offered Rate ("LIBOR") and the Euro Interbank Offered Rate ("EURIBOR") are benchmark reference rates fundamental to the operation of both UK and international financial markets, including markets in interest rate derivatives contracts.
Definition: The rate at which an individual contributor panel bank could borrow funds.
(ou seja, é a taxa á qual os bancos se inter-financiam).
-Porque e que isto me afecta?
LIBOR and EURIBOR are used to determine payments made under both OTC interest rate derivatives contracts and exchange traded interest rate contracts by a wide range of counterparties including small businesses, large financial institutions and public authorities. Benchmark reference rates such as LIBOR and EURIBOR also affect payments made under a wide range of other contracts including loans and mortgages.
(Nós temos um empréstimo!!)
- Como é que é calculada?
LIBOR (in each relevant currency) and EURIBOR are set by reference to the assessment of the interbank market made by a number of banks. Those banks are selected by the BBA and EBF and each bank contributes rate submissions each day. The LIBOR and EURIBOR submissions are then transmitted to Thomson Reuters. Thomson Reuters collates the submissions data from each bank contributing rate submissions, checks for gross errors and calculates the final average benchmark rates on behalf of the BBA (for LIBOR) and the EBF (for EURIBOR). The calculations exclude the highest and lowest submission groups and produce an average (the arithmetic mean) of the remaining rates.
(Ou seja, certos bancos são escolhidos para submeterem diariamente a taxa REAL á qual se financiam. A LIBOR/EURIBOR são calculadas por média aritmética de todas as submissões. Em cada banco há um escritório que tem acesso a essa informação e que está por isso encarregue de submeter a taxa).
-Como foi manipulada?
A FSA distingue duas situações:
1) Antes da crise havia situações onde os Traders diziam ao escritório encarregue de submeter as taxas quanto é que lhes dava jeito que elas fossem (não respeitando a 'muralha da China' que deve haver entre estes escritórios).
2) Durante a crise as taxas submetidas pelo Barclays eram das mais altas, fazendo com que a imprensa opinasse que o banco devia ter problemas de liquidez (se tinham que pagar juros mais altos, é porque alguma coisa estava errada). Então houve direcções da chefia para submeter números mais baixos, para transmitir uma ideia de confiança.
- Como é que vai acabar?
O CEO e três chefias já abdicaram dos bónus para este ano, mas mesmo assim, hoje a imprensa pedia a cabeça do CEO. To be continued...
http://www.guardian.co.uk/business/interactive/2012/jun/27/barclays-fsa-findings-libor
A primeira coisa que salta á vista é a facilidade com que percebes o relatório. Está escrito numa linguagem acessível e clara, dá o contexto, e descreve a importância da situação. Achei super interessante, e pus aqui certas partes (parafraseadas) do relatório:
-O que é a Euribor e Libor?
The London Interbank Offered Rate ("LIBOR") and the Euro Interbank Offered Rate ("EURIBOR") are benchmark reference rates fundamental to the operation of both UK and international financial markets, including markets in interest rate derivatives contracts.
Definition: The rate at which an individual contributor panel bank could borrow funds.
(ou seja, é a taxa á qual os bancos se inter-financiam).
-Porque e que isto me afecta?
LIBOR and EURIBOR are used to determine payments made under both OTC interest rate derivatives contracts and exchange traded interest rate contracts by a wide range of counterparties including small businesses, large financial institutions and public authorities. Benchmark reference rates such as LIBOR and EURIBOR also affect payments made under a wide range of other contracts including loans and mortgages.
(Nós temos um empréstimo!!)
- Como é que é calculada?
LIBOR (in each relevant currency) and EURIBOR are set by reference to the assessment of the interbank market made by a number of banks. Those banks are selected by the BBA and EBF and each bank contributes rate submissions each day. The LIBOR and EURIBOR submissions are then transmitted to Thomson Reuters. Thomson Reuters collates the submissions data from each bank contributing rate submissions, checks for gross errors and calculates the final average benchmark rates on behalf of the BBA (for LIBOR) and the EBF (for EURIBOR). The calculations exclude the highest and lowest submission groups and produce an average (the arithmetic mean) of the remaining rates.
(Ou seja, certos bancos são escolhidos para submeterem diariamente a taxa REAL á qual se financiam. A LIBOR/EURIBOR são calculadas por média aritmética de todas as submissões. Em cada banco há um escritório que tem acesso a essa informação e que está por isso encarregue de submeter a taxa).
-Como foi manipulada?
A FSA distingue duas situações:
1) Antes da crise havia situações onde os Traders diziam ao escritório encarregue de submeter as taxas quanto é que lhes dava jeito que elas fossem (não respeitando a 'muralha da China' que deve haver entre estes escritórios).
2) Durante a crise as taxas submetidas pelo Barclays eram das mais altas, fazendo com que a imprensa opinasse que o banco devia ter problemas de liquidez (se tinham que pagar juros mais altos, é porque alguma coisa estava errada). Então houve direcções da chefia para submeter números mais baixos, para transmitir uma ideia de confiança.
- Como é que vai acabar?
O CEO e três chefias já abdicaram dos bónus para este ano, mas mesmo assim, hoje a imprensa pedia a cabeça do CEO. To be continued...
terça-feira, 26 de junho de 2012
That I would be good... even if i wasn't... good?
Na ultima Times aparece este artigo (só na versão Ipad). Explica como dizemos às crianças que elas são especiales e espectaculares, sem ter em conta que algumas... não são. E que são as crianças mais limitadas em intelligence-skills, propriamente, as que menos são capazes de reconhecer as suas fraquezas, porque a auto-avaliação é um dos skills que, em si mesmo, lhes falta.
Fogo, e eu sempre pensei que era especial... Please, please, you have to kick some Cambridge asses, porque eu preciso mesmo de ser inteligente por osmose...
Children — and adults — are terrible at evaluating their own abilities, a crucial requirement for getting better at anything
By Annie Murphy Paul, June 20, TIMEs, 2012
By now you’ve probably heard about the “you’re not special” speech, when English teacher David McCullough told graduating seniors at Wellesley High School: “Do not get the idea you’re anything special. Because you’re not.” Mothers and fathers present at the ceremony — and a whole lot of other parents across the Internet — took issue with McCullough’s ego-puncturing words. But lost in the uproar was something we really should be taking to heart: our young people actually have no idea whether they’re particularly talented or accomplished or not. In our eagerness to elevate their self-esteem, we forgot to teach them how to realistically assess their own abilities, a crucial requirement for getting better at anything from math to music to sports. In fact, accurate self-evaluation is a skill the rest of us could stand to acquire, too. It’s not just privileged high-school students: we all tend to view ourselves as above average.
Such inflated self-judgments have been found in study after study, and it’s often exactly when we’re least competent at a given task that we rate our performance most generously. In a 2006 study published in the journal Medical Education, for example, medical students who scored the lowest on an essay test were the most charitable in their self-evaluations, while high-scoring students judged themselves much more stringently. Poor students, the authors note, “lack insight” into their own inadequacy. Why should this be? Another study, led by Cornell University psychologist David Dunning, offers an enlightening explanation. People who are incompetent, he writes with coauthor Justin Kruger, suffer from a “dual burden”: they’re not good at what they do, and their very ineptness prevents them from recognizing how bad they are.
In Dunning and Kruger’s study, subjects scoring at the bottom of the heap on tests of logic, grammar and humor “grossly overestimated” their talents. Although their test scores put them in the 12th percentile, they guessed they were in the 62nd. What these individuals lacked (in addition to clear logic, proper grammar and a sense of humor) was “metacognitive skill”: the capacity to monitor how well they’re performing. In the absence of that capacity, the subjects arrived at an overly rosy view of their own abilities. There’s a paradox here, the authors note: “The skills that engender competence in a particular domain are often the very same skills necessary to evaluate competence in that domain.” In other words, to get better at judging how well we’re doing at an activity, we have to get better at the activity itself.
There are a couple of ways out of this double bind. First, we can learn to make honest comparisons with others. Train yourself to recognize excellence, even when you don’t yourself possess it, and compare what you can do against what truly excellent individuals are able to accomplish. Second, seek out feedback that is frequent, accurate and specific. Find a critic who will tell you not only how poorly you’re doing, but just what it is you’re doing wrong. As Dunning and Kruger note, success indicates to us that everything went right, but failure is more ambiguous: any number of things could have gone wrong. Use this external feedback to figure out exactly where and when you screwed up.
If we adopt these strategies — and most importantly, teach them to our children — they won’t need parents, or a commencement speaker, to tell them that they’re special. They’ll already know that they are, or have a plan to get that way.
Fogo, e eu sempre pensei que era especial... Please, please, you have to kick some Cambridge asses, porque eu preciso mesmo de ser inteligente por osmose...
Children — and adults — are terrible at evaluating their own abilities, a crucial requirement for getting better at anything
By Annie Murphy Paul, June 20, TIMEs, 2012
By now you’ve probably heard about the “you’re not special” speech, when English teacher David McCullough told graduating seniors at Wellesley High School: “Do not get the idea you’re anything special. Because you’re not.” Mothers and fathers present at the ceremony — and a whole lot of other parents across the Internet — took issue with McCullough’s ego-puncturing words. But lost in the uproar was something we really should be taking to heart: our young people actually have no idea whether they’re particularly talented or accomplished or not. In our eagerness to elevate their self-esteem, we forgot to teach them how to realistically assess their own abilities, a crucial requirement for getting better at anything from math to music to sports. In fact, accurate self-evaluation is a skill the rest of us could stand to acquire, too. It’s not just privileged high-school students: we all tend to view ourselves as above average.
Such inflated self-judgments have been found in study after study, and it’s often exactly when we’re least competent at a given task that we rate our performance most generously. In a 2006 study published in the journal Medical Education, for example, medical students who scored the lowest on an essay test were the most charitable in their self-evaluations, while high-scoring students judged themselves much more stringently. Poor students, the authors note, “lack insight” into their own inadequacy. Why should this be? Another study, led by Cornell University psychologist David Dunning, offers an enlightening explanation. People who are incompetent, he writes with coauthor Justin Kruger, suffer from a “dual burden”: they’re not good at what they do, and their very ineptness prevents them from recognizing how bad they are.
In Dunning and Kruger’s study, subjects scoring at the bottom of the heap on tests of logic, grammar and humor “grossly overestimated” their talents. Although their test scores put them in the 12th percentile, they guessed they were in the 62nd. What these individuals lacked (in addition to clear logic, proper grammar and a sense of humor) was “metacognitive skill”: the capacity to monitor how well they’re performing. In the absence of that capacity, the subjects arrived at an overly rosy view of their own abilities. There’s a paradox here, the authors note: “The skills that engender competence in a particular domain are often the very same skills necessary to evaluate competence in that domain.” In other words, to get better at judging how well we’re doing at an activity, we have to get better at the activity itself.
There are a couple of ways out of this double bind. First, we can learn to make honest comparisons with others. Train yourself to recognize excellence, even when you don’t yourself possess it, and compare what you can do against what truly excellent individuals are able to accomplish. Second, seek out feedback that is frequent, accurate and specific. Find a critic who will tell you not only how poorly you’re doing, but just what it is you’re doing wrong. As Dunning and Kruger note, success indicates to us that everything went right, but failure is more ambiguous: any number of things could have gone wrong. Use this external feedback to figure out exactly where and when you screwed up.
If we adopt these strategies — and most importantly, teach them to our children — they won’t need parents, or a commencement speaker, to tell them that they’re special. They’ll already know that they are, or have a plan to get that way.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
Spanish for everyone
This guy wants to learn spanish the some way you wanted us to learn about economy! :)
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Se não tivesse sido eu, tinhas sido tu!
Vim parar sem querer a esta crónica do Ricardo Araújo Pereira na Visão de hoje. Está fixe:
"Se o resgate é isto, prefiro o sequestro
No dia 13 de Abril de 2011, uma comissão do Senado americano encarregada de investigar a causa da crise financeira, apresentou um relatório no qual concluía que os responsáveis pela catástrofe eram duas pessoas: o leitor e eu. Por desatenção ou má consciência, o leitor resolveu ignorar o relatório até hoje. Lamento, mas não vou permitir que continue a fazê-lo.
São 639 páginas, o resumo de uma investigação de dois anos que incluiu mais de 150 entrevistas e depoimentos, consultas com dúzias de especialistas e a análise de milhões de documentos.
No fim, a comissão considerou que a crise por que passamos é o resultado de produtos financeiros complexos de alto risco, conflitos de interesse ocultos, e da incapacidade de os reguladores, as agências de notação financeira e o próprio mercado controlarem os excessos de Wall Street. Dito simplesmente, os culpados somos nós os dois. Andámos, como se diz agora, a viver acima das nossas possibilidades.
Enquanto eu beneficiava de vantagens indevidas no mundo económico-financeiro, o leitor investia milhões em aplicações de alto risco; enquanto eu regulava toscamente o mercado, o leitor especulava sem freio em Wall Street.
Não admira, por isso, que sejamos também nós a sofrer os efeitos da crise. Nós e outros como nós. As filas, à porta dos centros de emprego, são formadas por gente da nossa laia: um vasto número de reguladores que foram demitidos, funcionários de agências de notação falidas, correctores da bolsa de Wall Street que, entretanto, fechou, administradores de instituições financeiras proibidos de voltar a administrar sequer uma mercearia. Por um lado, dá pena vê-los na pobreza, mas talvez assim esta gente aprenda a não voltar a colocar o mundo numa situação como esta.
É claro que, expurgadas as instituições financeiras de quem as conduziu ao desastre, e completamente reformados os seus procedimentos, agora é necessário recapitalizá-las. Não se trata de um resgate nem de uma ajuda: é uma recapitalização. Ajudas são para os desempregados, que não se conseguem governar. Esses devolvem a ajuda com juros dolorosos, para não se esquecerem do que fizeram. Mesmo que a União Europeia e o FMI quisessem fazê-lo, não poderiam recapitalizar um desempregado, porque ele nunca teve capital para começar. Resta-nos esperar que esta gente nova que está agora nos bancos dê melhor uso ao dinheiro do que os irresponsáveis que lá estiveram antes deles. Força, novo mundo financeiro. Recebam estas centenas de milhões de euros com a ponderação que o leitor e eu não tivemos.
E perdoem-nos, se puderem, um dia."
http://visao.sapo.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=vs.stories/671169
"Se o resgate é isto, prefiro o sequestro
Quinta feira, 21 de Junho de 2012
|
No dia 13 de Abril de 2011, uma comissão do Senado americano encarregada de investigar a causa da crise financeira, apresentou um relatório no qual concluía que os responsáveis pela catástrofe eram duas pessoas: o leitor e eu. Por desatenção ou má consciência, o leitor resolveu ignorar o relatório até hoje. Lamento, mas não vou permitir que continue a fazê-lo.
São 639 páginas, o resumo de uma investigação de dois anos que incluiu mais de 150 entrevistas e depoimentos, consultas com dúzias de especialistas e a análise de milhões de documentos.
No fim, a comissão considerou que a crise por que passamos é o resultado de produtos financeiros complexos de alto risco, conflitos de interesse ocultos, e da incapacidade de os reguladores, as agências de notação financeira e o próprio mercado controlarem os excessos de Wall Street. Dito simplesmente, os culpados somos nós os dois. Andámos, como se diz agora, a viver acima das nossas possibilidades.
Enquanto eu beneficiava de vantagens indevidas no mundo económico-financeiro, o leitor investia milhões em aplicações de alto risco; enquanto eu regulava toscamente o mercado, o leitor especulava sem freio em Wall Street.
Não admira, por isso, que sejamos também nós a sofrer os efeitos da crise. Nós e outros como nós. As filas, à porta dos centros de emprego, são formadas por gente da nossa laia: um vasto número de reguladores que foram demitidos, funcionários de agências de notação falidas, correctores da bolsa de Wall Street que, entretanto, fechou, administradores de instituições financeiras proibidos de voltar a administrar sequer uma mercearia. Por um lado, dá pena vê-los na pobreza, mas talvez assim esta gente aprenda a não voltar a colocar o mundo numa situação como esta.
É claro que, expurgadas as instituições financeiras de quem as conduziu ao desastre, e completamente reformados os seus procedimentos, agora é necessário recapitalizá-las. Não se trata de um resgate nem de uma ajuda: é uma recapitalização. Ajudas são para os desempregados, que não se conseguem governar. Esses devolvem a ajuda com juros dolorosos, para não se esquecerem do que fizeram. Mesmo que a União Europeia e o FMI quisessem fazê-lo, não poderiam recapitalizar um desempregado, porque ele nunca teve capital para começar. Resta-nos esperar que esta gente nova que está agora nos bancos dê melhor uso ao dinheiro do que os irresponsáveis que lá estiveram antes deles. Força, novo mundo financeiro. Recebam estas centenas de milhões de euros com a ponderação que o leitor e eu não tivemos.
E perdoem-nos, se puderem, um dia."
http://visao.sapo.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=vs.stories/671169
sábado, 16 de junho de 2012
Selfishness
No dia em que saio do meu 1º banco da Coro, morta mas feliz, leio esta notícia na Vanguardia.
E dá-me para pensar no dia de ontem, e na minha semana previa: nos vernizes que comprei rosa shock, no colares tatuados, no mp3 pink que recebi hoje e que me vai motivar a ir ao ginásio (e que só penso quando comprar um para ti). Na forma como pus-te a ti e ao pai a googlear bancos na quinta às 11 da noite, e como, no dia seguinte, cheia de vergonha, esperei à porta do meu para que abrisse, porque não estou disposta a ver a Grecia a arder e com ele as minhas magras poupanças (naquele momento só me vinha à cabeça a frase que diz que "os ratos são os 1os a abandonar o navio", e com isso veio a culpa de que se todos fossem como eu a senhora tão amável do balcão ficava sem emprego...).
Everything burns à minha volta, e eu, no 1º fim-de-semana que tenho livre desde há um mes, pinto as unhas tranquilamente de vermelho... Damn.
...Any thoughts?
Uno de cada tres ancianos ayuda con su pensión a sus familiares, según la Cruz Roja
at La Vanguardia, 14/06/12
Uno de cada tres ancianos han ayudado económicamente a alguno de sus familiares con sus pensiones en los últimos dos años, y uno de cada cuatro han tenido que acoger de nuevo a algún hijo en su casa, ha concluido el III Observatorio de Vulnerabilidad de la Cruz Roja de Catalunya.
El presidente de la entidad, Josep Marquès, ha explicado en rueda de prensa que las personas mayores se están convirtiendo en "un pilar imprescindible para paliar las secuelas de la crisis" y son un colectivo que debe cuidarse para evitar un efecto dominó que alcance al conjunto de la sociedad.
Tras analizar el impacto de la crisis en 674 usuarios mayores de 65 años, la entidad de ayuda humanitaria ha detectado que el 70% de ellos han visto disminuir su capacidad de ahorro, debido al encarecimiento de los precios y al incremento de las cargas familiares.
También el 70% creen que "esta crisis es más grave que las anteriores" y que las nuevas generaciones vivirán peor que las actuales debido al deterioro del Estado del Bienestar.
"Cualquier política referida a la vejez puede tener repercusiones sobre el conjunto de las familias y la sociedad", ha recordado Marquès, animando a las instituciones a abordar medidas en este ámbito.
El estudio revela que se han invertido los flujos de solidaridad intergeneracional por los cuales los más jóvenes contribuyen al bienestar de los mayores a través de la financiación del sistema de pensiones.
"Ahora ya son más los mayores de 65 años que apoyan a las generaciones más jóvenes", ha destacado Marquès, cifrando en un 20% los ancianos que prestan ayuda económica a sus hijos, un 10% los que ofrecen apoyo alimentario y un 6,5% los que han acogido a algún hijo en casa.
El impacto de la crisis económica tiene consecuencias sobre la alimentación de los mayores ya que, un 20% de ellos asegura no poder comer con regularidad fruta, carne ni pescado.
Además, el hecho de tener que destinar sus pensiones a ayudar a sus familiares ha obligado a la mitad de ellos a privarse de ir al dentista y revisarse la visión.
Marquès ha alertado de que dos de cada cuatro ancianos no pueden mantener su casa a una temperatura adecuada y que el 80% de ellos no pueden permitirse ningún gasto en ocio y descanso.
Debido a todos estos factores, los mayores "tienen la percepción de ruptura del progreso social a causa del deterioro del Estado del Bienestar".
E dá-me para pensar no dia de ontem, e na minha semana previa: nos vernizes que comprei rosa shock, no colares tatuados, no mp3 pink que recebi hoje e que me vai motivar a ir ao ginásio (e que só penso quando comprar um para ti). Na forma como pus-te a ti e ao pai a googlear bancos na quinta às 11 da noite, e como, no dia seguinte, cheia de vergonha, esperei à porta do meu para que abrisse, porque não estou disposta a ver a Grecia a arder e com ele as minhas magras poupanças (naquele momento só me vinha à cabeça a frase que diz que "os ratos são os 1os a abandonar o navio", e com isso veio a culpa de que se todos fossem como eu a senhora tão amável do balcão ficava sem emprego...).
Everything burns à minha volta, e eu, no 1º fim-de-semana que tenho livre desde há um mes, pinto as unhas tranquilamente de vermelho... Damn.
...Any thoughts?
Uno de cada tres ancianos ayuda con su pensión a sus familiares, según la Cruz Roja
at La Vanguardia, 14/06/12
Uno de cada tres ancianos han ayudado económicamente a alguno de sus familiares con sus pensiones en los últimos dos años, y uno de cada cuatro han tenido que acoger de nuevo a algún hijo en su casa, ha concluido el III Observatorio de Vulnerabilidad de la Cruz Roja de Catalunya.
El presidente de la entidad, Josep Marquès, ha explicado en rueda de prensa que las personas mayores se están convirtiendo en "un pilar imprescindible para paliar las secuelas de la crisis" y son un colectivo que debe cuidarse para evitar un efecto dominó que alcance al conjunto de la sociedad.
Tras analizar el impacto de la crisis en 674 usuarios mayores de 65 años, la entidad de ayuda humanitaria ha detectado que el 70% de ellos han visto disminuir su capacidad de ahorro, debido al encarecimiento de los precios y al incremento de las cargas familiares.
También el 70% creen que "esta crisis es más grave que las anteriores" y que las nuevas generaciones vivirán peor que las actuales debido al deterioro del Estado del Bienestar.
"Cualquier política referida a la vejez puede tener repercusiones sobre el conjunto de las familias y la sociedad", ha recordado Marquès, animando a las instituciones a abordar medidas en este ámbito.
El estudio revela que se han invertido los flujos de solidaridad intergeneracional por los cuales los más jóvenes contribuyen al bienestar de los mayores a través de la financiación del sistema de pensiones.
"Ahora ya son más los mayores de 65 años que apoyan a las generaciones más jóvenes", ha destacado Marquès, cifrando en un 20% los ancianos que prestan ayuda económica a sus hijos, un 10% los que ofrecen apoyo alimentario y un 6,5% los que han acogido a algún hijo en casa.
El impacto de la crisis económica tiene consecuencias sobre la alimentación de los mayores ya que, un 20% de ellos asegura no poder comer con regularidad fruta, carne ni pescado.
Además, el hecho de tener que destinar sus pensiones a ayudar a sus familiares ha obligado a la mitad de ellos a privarse de ir al dentista y revisarse la visión.
Marquès ha alertado de que dos de cada cuatro ancianos no pueden mantener su casa a una temperatura adecuada y que el 80% de ellos no pueden permitirse ningún gasto en ocio y descanso.
Debido a todos estos factores, los mayores "tienen la percepción de ruptura del progreso social a causa del deterioro del Estado del Bienestar".
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Os moinhos de Sancho
Desde ontem à tarde que me vem à cabeça este poema. Do armário velho carregado de pó e traças da nossa infancia, vem-me às vezes as soluções mais óbvias. E esta traz o cheiro a Verão pre-adolescente, quando perder-me na Fnac horas era sentir-me em casa, e uns livros de Miguel Torga ou António Gedeão faziam-me o dia. Já não sou essa menina, mas essa menina é parte da nossa parede-mestra.
Somos diferentes. No bom sentido e no mau, acho que viemos duas ao mundo para não estranharmos tanto o tão diferentes que somos.
E somos boas em tudo o que nos propomos, como o pai e a mãe, pelo simples facto de que, no que somos realmente más (cirugia, pintura, musica...), já descartámos sem hesitação de entrada. E o resto? Um corrupio de 18s, sem descriminação ou critério.
E isso é mau? Depende. Eu prefiro que os meus filhos tenham opções, em lugar de se fixarem todas as suas capacidades e skills em algo que pode ser que não saia nada de jeito. E mau pela eterna insatisfação que nos assombra, e que desespera a quem nos rodeia (a mãe, por ex). Mas da insatisfação também se cresce. E como diz a M. (uma amiga do hospital), "querer saber tudo sobre todas as coisas" é característica de lideres.
O facto de não teres caminho definido e estar contente porque o céu é o limite também me aconteceu pre-mir. E isso é sinal que estás crescida, à 5 anos não saber o passo seguinte te faria facilmente entrar em pânico. Agora achas piada, e sabes que antes de escolher tens o mundo, depois da decisão tens só a tua escolha. E é tão bom ter o mundo por uns meses...com todos os caminhos totalmente abertos...
Bottom line: não peças aos outros que te vejam os moinhos, se isso é só trabalho teu e tu tampouco tens tudo tão claro. Enquanto não escolhes um dos moinhos andaremos todos em roda viva, mas isso é problema nosso.
E tu farás o que bem te der na real gana e serás a melhor do mundo mundial, nem que eu tenha que fazer 100 ecocardios ao dia para te ajudar, so help me God.
Os meus olhos
Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.
António Gedeão, 1906-1997
Somos diferentes. No bom sentido e no mau, acho que viemos duas ao mundo para não estranharmos tanto o tão diferentes que somos.
E somos boas em tudo o que nos propomos, como o pai e a mãe, pelo simples facto de que, no que somos realmente más (cirugia, pintura, musica...), já descartámos sem hesitação de entrada. E o resto? Um corrupio de 18s, sem descriminação ou critério.
E isso é mau? Depende. Eu prefiro que os meus filhos tenham opções, em lugar de se fixarem todas as suas capacidades e skills em algo que pode ser que não saia nada de jeito. E mau pela eterna insatisfação que nos assombra, e que desespera a quem nos rodeia (a mãe, por ex). Mas da insatisfação também se cresce. E como diz a M. (uma amiga do hospital), "querer saber tudo sobre todas as coisas" é característica de lideres.
O facto de não teres caminho definido e estar contente porque o céu é o limite também me aconteceu pre-mir. E isso é sinal que estás crescida, à 5 anos não saber o passo seguinte te faria facilmente entrar em pânico. Agora achas piada, e sabes que antes de escolher tens o mundo, depois da decisão tens só a tua escolha. E é tão bom ter o mundo por uns meses...com todos os caminhos totalmente abertos...
Bottom line: não peças aos outros que te vejam os moinhos, se isso é só trabalho teu e tu tampouco tens tudo tão claro. Enquanto não escolhes um dos moinhos andaremos todos em roda viva, mas isso é problema nosso.
E tu farás o que bem te der na real gana e serás a melhor do mundo mundial, nem que eu tenha que fazer 100 ecocardios ao dia para te ajudar, so help me God.
Os meus olhos
Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.
Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.
António Gedeão, 1906-1997
quinta-feira, 7 de junho de 2012
O mundo dos outros
Pois, tens razão.
Não é complicado perder-me no mundo dos outros, da abstracção da pobreza e dos números de la prima de riesgo.
A coincidência é que ainda hoje, numa discussão com o meu supervisor, defendi outra abordagem para a Grécia. Defendi que a receita que está a resultar em Portugal (estará?) falhou redondamente aos gregos e que agora outra abordagem, qualquer uma (think outside the box, Europe!) é melhor que a pobreza humilhada dos gregos. O meu supervisor inglês, num sotaque oxfordiano, respondeu que não podemos classificar de pobreza 'não ter dinheiro para uma televisão nova' ou 'estar temporariamente desempregado'.
Se as pessoas educadas pensam que a Grécia está a reclamar desta forma por estar a perder 'luxos', então que esperança há para os lideres da Europa? Que esperança há para que o cidadão alemão comum mostre compaixão?
E há crianças na Grécia que vão ficando à fome e à humilhação. Assim como no Jerês (viste a reportagem na Time?) e agora na Catalunha.
Ainda bem que estamos numa sociedade civilizada...
Não é complicado perder-me no mundo dos outros, da abstracção da pobreza e dos números de la prima de riesgo.
A coincidência é que ainda hoje, numa discussão com o meu supervisor, defendi outra abordagem para a Grécia. Defendi que a receita que está a resultar em Portugal (estará?) falhou redondamente aos gregos e que agora outra abordagem, qualquer uma (think outside the box, Europe!) é melhor que a pobreza humilhada dos gregos. O meu supervisor inglês, num sotaque oxfordiano, respondeu que não podemos classificar de pobreza 'não ter dinheiro para uma televisão nova' ou 'estar temporariamente desempregado'.
Se as pessoas educadas pensam que a Grécia está a reclamar desta forma por estar a perder 'luxos', então que esperança há para os lideres da Europa? Que esperança há para que o cidadão alemão comum mostre compaixão?
E há crianças na Grécia que vão ficando à fome e à humilhação. Assim como no Jerês (viste a reportagem na Time?) e agora na Catalunha.
Ainda bem que estamos numa sociedade civilizada...
A outra face da crise
No dia em que S&P baixa a divida espanhola a BBB, a Cáritas de Barcelona anuncia que se viu obrigada a vender património no valor de 2 milhões de euros para cubrir a excesiva quantidade de pedidos de ajuda de este ano. E, surpresa, esta ajuda não la pedem imigrandes desempregados, mas sim famílias catalãs (crianças principalmente!!) que não têm forma de comprar o pequeno-almoço...
E lembrei-me da frase do Daniel Sampaio, que dizia do irmão que "estava sempre precupado com a Humanidade, e esquecendo-se do vizinho do lado".
Reflexão: nós também somos um pouco assim? E se somos, não deviamos fazer algo para mudar? Quase que me faz perder a vontade de me queixar de parvoices... a vida tem-nos levado um pouco ao colo, não te parece também? E nós, sempre preocupadas com a teoria económica, raramente vemos as verdadeiras caras da consequencia.
Então, cambiamos de chip? Com a alergia que temos aos ignorantes, seria uma pena sermos cegas a esta versão da História. It's just a thought...
Cáritas Barcelona atiende a un 30% de nuevos usuarios durante 2011, at La Vanguardia, 6/6/12
Cáritas Diocesana de Barcelona y las parroquias del área metropolitana auxiliaron el año pasado a 253.591 personas, una cifra de pobreza que no para de crecer mientras se agota el cojín familiar que sostenía a hogares que se quedan sin ningún ingreso, lo que supone el inicio de una fractura social.
La gravedad de la situación es tan acuciante que Cáritas ha tenido que vender excepcionalmente bienes muebles e inmuebles por valor de dos millones de euros, uno el año pasado y otro durante este 2012, para poder dedicar el dinero a atender a las personas pobres, ha explicado el director de Cáritas, Jordi Roglà.
El cardenal de Barcelona, Lluis Martínez Sistach, ha presidido hoy la presentación de la memoria anual de Cáritas y los datos de los primeros 5 meses de este año, en los que esta ONG cristiana constata que la pobreza "se hace más intensa y más extensa".
Cáritas de Barcelona, que agrupa a las diócesis de Barcelona, Sant Feliu de Llobregat y Terrassa, atendió el año pasado a 57.868 personas necesitadas, un 2% más que el año anterior, con el agravante de que el 30% de ellas son personas que han acudido por primera vez a una institución de ayuda, lo que indica una cronificación y un ahondamiento de la pobreza severa.
"Lo más preocupante es que un 35% de las personas atendidas son menores de edad, un 10% más, lo que pone de manifiesto que no se están dedicando suficientes recursos en un momento decisivo en la vida de las personas", ha denunciado la responsable de acción social de la diócesis de Sant Feliu, Conxa Marquès.
Desde el 2007, el número de personas en riesgo de exclusión social atendidas por Cáritas ha crecido más del 100%, y las familias con hijos suponen el 49% del total, y un 15% fueron familias monoparentales.
Por su parte, las parroquias de las tres diócesis del área metropolitana han atendido a otras 195.723 personas.
En total, entre parroquias y Cáritas destinaron el año pasado más de 7,2 millones de euros a ayudas para necesidades básicas, como alimentos, ropa, higiene y, sobre todo, vivienda.
De hecho, según Marquès, el 65% de las ayudas económicas se destinaron a pagar alquileres. "La fractura social ha comenzado porque el cojín familiar y de ahorros ha empezado a agotarse, muchas familias sufren conflictos, los niños viven situaciones dramáticas, empiezan a aflorar problemas de salud, depresiones, y las personas entran en una desesperanza que ya no les permite afrontar la búsqueda de una salida a su situación", ha explicado Marquès.
Un 42% de las personas atendidas por Cáritas son de nacionalidad española, un colectivo que crece, sobre todo, entre las personas que recurren a esta ONG cristiana por primera vez.
Un 78% de las personas que acudieron a Cáritas, que el año pasado gestionó 24 millones de euros -2,5 de ellos aportados por el Programa Proinfancia de la Fundación La Caixa- no encontró trabajo ni siquiera en la economía sumergida.
E lembrei-me da frase do Daniel Sampaio, que dizia do irmão que "estava sempre precupado com a Humanidade, e esquecendo-se do vizinho do lado".
Reflexão: nós também somos um pouco assim? E se somos, não deviamos fazer algo para mudar? Quase que me faz perder a vontade de me queixar de parvoices... a vida tem-nos levado um pouco ao colo, não te parece também? E nós, sempre preocupadas com a teoria económica, raramente vemos as verdadeiras caras da consequencia.
Então, cambiamos de chip? Com a alergia que temos aos ignorantes, seria uma pena sermos cegas a esta versão da História. It's just a thought...
Cáritas Barcelona atiende a un 30% de nuevos usuarios durante 2011, at La Vanguardia, 6/6/12
Cáritas Diocesana de Barcelona y las parroquias del área metropolitana auxiliaron el año pasado a 253.591 personas, una cifra de pobreza que no para de crecer mientras se agota el cojín familiar que sostenía a hogares que se quedan sin ningún ingreso, lo que supone el inicio de una fractura social.
La gravedad de la situación es tan acuciante que Cáritas ha tenido que vender excepcionalmente bienes muebles e inmuebles por valor de dos millones de euros, uno el año pasado y otro durante este 2012, para poder dedicar el dinero a atender a las personas pobres, ha explicado el director de Cáritas, Jordi Roglà.
El cardenal de Barcelona, Lluis Martínez Sistach, ha presidido hoy la presentación de la memoria anual de Cáritas y los datos de los primeros 5 meses de este año, en los que esta ONG cristiana constata que la pobreza "se hace más intensa y más extensa".
Cáritas de Barcelona, que agrupa a las diócesis de Barcelona, Sant Feliu de Llobregat y Terrassa, atendió el año pasado a 57.868 personas necesitadas, un 2% más que el año anterior, con el agravante de que el 30% de ellas son personas que han acudido por primera vez a una institución de ayuda, lo que indica una cronificación y un ahondamiento de la pobreza severa.
"Lo más preocupante es que un 35% de las personas atendidas son menores de edad, un 10% más, lo que pone de manifiesto que no se están dedicando suficientes recursos en un momento decisivo en la vida de las personas", ha denunciado la responsable de acción social de la diócesis de Sant Feliu, Conxa Marquès.
Desde el 2007, el número de personas en riesgo de exclusión social atendidas por Cáritas ha crecido más del 100%, y las familias con hijos suponen el 49% del total, y un 15% fueron familias monoparentales.
Por su parte, las parroquias de las tres diócesis del área metropolitana han atendido a otras 195.723 personas.
En total, entre parroquias y Cáritas destinaron el año pasado más de 7,2 millones de euros a ayudas para necesidades básicas, como alimentos, ropa, higiene y, sobre todo, vivienda.
De hecho, según Marquès, el 65% de las ayudas económicas se destinaron a pagar alquileres. "La fractura social ha comenzado porque el cojín familiar y de ahorros ha empezado a agotarse, muchas familias sufren conflictos, los niños viven situaciones dramáticas, empiezan a aflorar problemas de salud, depresiones, y las personas entran en una desesperanza que ya no les permite afrontar la búsqueda de una salida a su situación", ha explicado Marquès.
Un 42% de las personas atendidas por Cáritas son de nacionalidad española, un colectivo que crece, sobre todo, entre las personas que recurren a esta ONG cristiana por primera vez.
Un 78% de las personas que acudieron a Cáritas, que el año pasado gestionó 24 millones de euros -2,5 de ellos aportados por el Programa Proinfancia de la Fundación La Caixa- no encontró trabajo ni siquiera en la economía sumergida.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
E lá vai a Caixa...
Lisbon to inject €6.6bn into largest banks, by Peter Wise in Lisbon and Peter Spiegel in Brussels, FT, 04/06/12
The Portuguese government will inject €6.6bn into three of the country’s largest banks, becoming the latest eurozone country to tap international bailout funding for an undercapitalised financial sector.
Vítor Gaspar, Portuguese finance minister, said the funds would ensure that Banco Commercial Portugues, Banco BPI and state-owned Caixa Geral de Depósitos met tough new capital requirements set by the European Banking Authority.
Portugal’s €78bn EU-International Monetary Fund rescue programme, which was agreed last year, earmarked €12bn for aiding its banks. About €5bn of the funds for the three banks will come from the bailout.
The Portuguese announcement comes as banks in several other eurozone countries struggle to hit new EBA capital ratios by the end of the month.
Cypriot officials have said they may be forced to seek EU aid to meet the 9 per cent threshold for core tier one capital, a key measure of financial strength. Spanish officials have also begun to acknowledge they will need outside help to recapitalise their banking sector, brought low by the bursting of Spain’s property bubble, and may be forced to seek EU funds.
The stresses on eurozone banks have led to renewed calls for a so-called “banking union” in the EU, which could include a common eurozone fund to recapitalise and bailout failing banks, enabling stronger governments to help weaker ones by pooling resources.
Olli Rehn, the EU’s top economic official, and Pierre Moscovici, the new French finance minister, said on Monday that the eurozone’s €500bn rescue fund should be allowed to inject capital into struggling banks – a move increasingly sought by Madrid but blocked by Berlin, which fears such aid might come without the controls bailout lenders have insisted on for sovereign rescues.
Portugal’s international lenders said in a statement that Lisbon was implementing its bailout programme “broadly as planned”, noting that its external adjustment was “proceeding faster than expected”.
Despite Portugal’s progress, EU officials are increasingly planning for a second bailout for Lisbon. Borrowing costs on Portugal’s benchmark 10-year bonds have remained above 10 per cent for more than a year – far too high for it to return to the private sector for financing next year, as the plan envisages. The struggle to find private capital for eurozone banks could be further complicated on Wednesday, when Michel Barnier, the EU’s top financial regulator, unveils his long-awaited plan for failing financial institutions. It is expected to include provisions that would force losses onto private investors in collapsing banks, or so-called “bail-ins”.
Drafts of the proposal would require member states to set aside a minimum amount of funds for bank rescues and lend to other national schemes in an emergency. A more ambitious Commission proposal for a pan-EU fund is to be unveiled at a later date, probably after 2014.
Herman Van Rompuy, European Council president, said on Monday that bank resolution and a deposit guarantee scheme form part of his plan for further economic integration. But he cautioned such a blueprint would only deal with longer-term issues and was “irrelevant to those immediate problems” faced by countries like Spain.
The Portuguese government will inject €6.6bn into three of the country’s largest banks, becoming the latest eurozone country to tap international bailout funding for an undercapitalised financial sector.
Vítor Gaspar, Portuguese finance minister, said the funds would ensure that Banco Commercial Portugues, Banco BPI and state-owned Caixa Geral de Depósitos met tough new capital requirements set by the European Banking Authority.
Portugal’s €78bn EU-International Monetary Fund rescue programme, which was agreed last year, earmarked €12bn for aiding its banks. About €5bn of the funds for the three banks will come from the bailout.
The Portuguese announcement comes as banks in several other eurozone countries struggle to hit new EBA capital ratios by the end of the month.
Cypriot officials have said they may be forced to seek EU aid to meet the 9 per cent threshold for core tier one capital, a key measure of financial strength. Spanish officials have also begun to acknowledge they will need outside help to recapitalise their banking sector, brought low by the bursting of Spain’s property bubble, and may be forced to seek EU funds.
The stresses on eurozone banks have led to renewed calls for a so-called “banking union” in the EU, which could include a common eurozone fund to recapitalise and bailout failing banks, enabling stronger governments to help weaker ones by pooling resources.
Olli Rehn, the EU’s top economic official, and Pierre Moscovici, the new French finance minister, said on Monday that the eurozone’s €500bn rescue fund should be allowed to inject capital into struggling banks – a move increasingly sought by Madrid but blocked by Berlin, which fears such aid might come without the controls bailout lenders have insisted on for sovereign rescues.
Portugal’s international lenders said in a statement that Lisbon was implementing its bailout programme “broadly as planned”, noting that its external adjustment was “proceeding faster than expected”.
Despite Portugal’s progress, EU officials are increasingly planning for a second bailout for Lisbon. Borrowing costs on Portugal’s benchmark 10-year bonds have remained above 10 per cent for more than a year – far too high for it to return to the private sector for financing next year, as the plan envisages. The struggle to find private capital for eurozone banks could be further complicated on Wednesday, when Michel Barnier, the EU’s top financial regulator, unveils his long-awaited plan for failing financial institutions. It is expected to include provisions that would force losses onto private investors in collapsing banks, or so-called “bail-ins”.
Drafts of the proposal would require member states to set aside a minimum amount of funds for bank rescues and lend to other national schemes in an emergency. A more ambitious Commission proposal for a pan-EU fund is to be unveiled at a later date, probably after 2014.
Herman Van Rompuy, European Council president, said on Monday that bank resolution and a deposit guarantee scheme form part of his plan for further economic integration. But he cautioned such a blueprint would only deal with longer-term issues and was “irrelevant to those immediate problems” faced by countries like Spain.
sábado, 2 de junho de 2012
Living pink
Ontem fui às compras. Porque a (nossa) vida devia ser um poco mais que livros, e mais importante porque tinha a senhora da limpeza em casa e não tinha nada para fazer durante 3 horas. Comprei sandalias de salto alto, um vernis muito pink (mas de muito bom gosto he! É da Maybelline, coleccão Coloroma e chama-se Bubblicious, se te apetece experimentar) e um baton a condizer - e ontem à noite, na despedida dos R grandes, eu estava mesmo diferente. We clean up nice, it's a shame we do not do it often enough.
E comprei este colar na Barceloning, lembras-te a loja que demos mil voltas para encontrar? É super diferente, quando o pões parace tatuado na tua pele. No espirito do teu colar marroquino "vou-to comprar whatever you want it or not", digo-te o mesmo. Assim que escolhe um, senão escolho eu e cuidadinho porque estou numa fase um pouco pink! :)
http://www.batucada-fashion.es/index.html


O 1º comprei eu
O 2º é mais o teu estilo (acho)
PS: Comecei o novo livro Obama-vs-Irão. Awesome!
E comprei este colar na Barceloning, lembras-te a loja que demos mil voltas para encontrar? É super diferente, quando o pões parace tatuado na tua pele. No espirito do teu colar marroquino "vou-to comprar whatever you want it or not", digo-te o mesmo. Assim que escolhe um, senão escolho eu e cuidadinho porque estou numa fase um pouco pink! :)
http://www.batucada-fashion.es/index.html


O 1º comprei eu
O 2º é mais o teu estilo (acho)
PS: Comecei o novo livro Obama-vs-Irão. Awesome!
quarta-feira, 30 de maio de 2012
A long overdue
Hoje dei por mim a gabar-me dos vinhos de nossa família. Ao lado de um italiano, uma argentina e dos meus colegas catalães (they all kind of wine-challenged), aos olhos do meu adjunto parecia que eu percebia mesmo do tema. E ganhei o respeito de alguém que grita com residentes como hobbie.
Temi que se perguntassem alguns detalhes mais eu caía como um patinho, e então pensei neste livro - já o deviamos ter na nossa lista há muito tempo.
Starring in our usual library:
PS: E descobri que também há o wine-dummies em versão filme, but that's a little bit too much, right?
Temi que se perguntassem alguns detalhes mais eu caía como um patinho, e então pensei neste livro - já o deviamos ter na nossa lista há muito tempo.
Starring in our usual library:
PS: E descobri que também há o wine-dummies em versão filme, but that's a little bit too much, right?
A summer song
Não me lembro desta canção, mas esta versão está fixe:
Sem Palheta - Amor Electro cantam Mamonas Assassinas na RFM
Sem Palheta - Amor Electro cantam Mamonas Assassinas na RFM
terça-feira, 29 de maio de 2012
Thinking outside the box
A simples razão pela qual não deveriamos deixar nunca a nossa parceria com a Time Magazine?
Easy: porque não queremos passear pelo mundo pensando o mesmo que toda a gente.
Different is good.
Time to Greece to say Danke to Germany:
http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,2115038,00.html
Easy: porque não queremos passear pelo mundo pensando o mesmo que toda a gente.
Different is good.
Time to Greece to say Danke to Germany:
http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,2115038,00.html
domingo, 27 de maio de 2012
Polònia, um país a sério!
Deixo-te uns novos videos de Polònia, um programa de humor politico catalão. É pena não poderes entender tudo, porque o programa é mesmo mesmo bom, as imitações são perfeitas! Está disponivel no iTunes, gratutito, cada semana há um novo às sextas. Este clip entendes de cereteza, está em castelhano e é entre o Rajoy e a Kirshner (presidente da argentina), quando nacionalizaram a empresa filial da Repsol:
E este é um "Eurofestival da Recessão" hehe:
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Ginja, a typical portuguese treat missed by Bourdain
Tive um banco horroroso na UCI, sem dormir e sem parar. Mas às 5h da manha, enquanto espero uma analitica, dá-me para entrar no blog. E desato a rir sozinha. Já tinha visto o video há uns dias na TV, mas a verdade é que nem lhe dei importancia suficiente para que me incomodasse... mais que nada porque sinto esse mundo muito longe de mim, de ti, de nós, quer esteja hollywodizado nesse video quer não. Sou espectadora, vivi de fora toda esta polémica, e não me doi o retrato que fazem de nós, porque não me revejo. Não me revejo na descrição feita por Lobo Antunes de Portugal como se actualmenmte vivessemos na epoca peri-Salazar (quando nascemos já o homem tinha morrido há > 20 anos, e se somos honestos metade da juventude portuguesa nem sabe quem foi!), não me identifico com os clichets debitados pela Carminho sobre o saudosismo, já para não falar que nunca tinha ouvido falar na "tipiquissíma" sobremesa de um bife-prego depois de uma mariscada potente (hello??).
E voltamos à mesma discussão que tivemos em Londres: por muito que nos doa, quiçá já não somos representantes do 99% de Portugal....
Um beijo e cuidado com a ginja da mãe, só deus sabe que leva dentro...
E voltamos à mesma discussão que tivemos em Londres: por muito que nos doa, quiçá já não somos representantes do 99% de Portugal....
Um beijo e cuidado com a ginja da mãe, só deus sabe que leva dentro...
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Portugal, os Portugueses e a ginja
Vários comentadores do Expresso escreveram esta semana sobre o programa que o chef de cozinha americano Bordain fez em Lisboa, particularmente na má imagem que dava de Portugal. A questão polémica é que a imagem depreciativa não era transmitida pelo chef, mas pelos guias portugueses que lhe arranjaram. Pus o programa ontem a noite (e que tu podes encontrar no sítio do costume). Os primeiros cinco minutos são tão inofensivos que achei que as criticas tinham sido exageradas. No entanto, chegando á parte do fado, o vídeo fica tão surrealista que decidimos pausar e acompanhar o resto com shots de ginja: um shot por parvoíce. Fui para a cama a trocar os pés e a rir desalmadamente, e a rir acordei.
Eu, portuguesa, apreciadora de fado e de história, não me revi naquele relato. Nem sequer um bocadinho. Gosto especialmente do Lobo Antunes a dizer 'Portugal é o que o mar não quer' e uma portuguesa a dizer que 'todos os portugueses gostam de testículos de boi'.
Esta foi a coluna mais engraçada: (Expresso, Rui Ramos, O Portugal do chefe)
Too Big to Hedge
E um International Herald Tribune (que venho a descobrir que é a edição internacional do NYT, mais europeísta, más centrada no mundo global e não tanto EUA como o NYT), esquecido no bar do aeroporto, traz-me historias de um passado demasiado recente... Recosto-me na cadeira do avião e espreguiço-me...este artigo vale mesmo a pena:
Lessons From Trades Big and Bad - Too Big to Hedge, at Internat Herald Trib, by Floyd Norris, 18/05/12
Aqui te deixo a pagina inicial do jornal: http://global.nytimes.com/?iht
http://www.nytimes.com/2012/05/18/business/what-jpmorgan-didnt-learn-high-low-finance.html?_r=1
PS: tem a versão para ipad, com mais anuncios que o NYT, mas tb menos baseada na subscription (ou seja, permite ler muitas mais noticias grátis).
Lessons From Trades Big and Bad - Too Big to Hedge, at Internat Herald Trib, by Floyd Norris, 18/05/12
That may be the lesson of the debacle at JPMorgan Chase. And if regulators take the lesson to heart, they could close a gaping loophole in the Volcker Rule, which is supposed to ban speculative trading by banks that take insured deposits.
When he disclosed a $2 billion trading loss last week, Jamie Dimon, the chief executive of JPMorgan, said the trades were intended to hedge the firm’s credit exposure — that is, reduce the risk of investments it had made. This week, speaking to shareholders, he modified that, saying: “What this hedge morphed into violates our own principles.”
We still don’t know exactly what the trades were, other than that they were complicated, very large and apparently difficult to unwind. It appears the loss is growing rapidly.
A former top risk manager on Wall Street, who asked not to be named because his current employer had not authorized him to talk about JPMorgan, told me he thought some kind of problem like this was inevitable. Big banks are just too big to be able to safely hedge huge investment positions.
The JPMorgan debacle is reminiscent in some ways of the first big disaster of the supposedly sophisticated era of derivatives, that of the Long Term Capital Management hedge fund in 1998. The trades that firm did were supposed to be all but risk-free, since they were simply bets that long-term relationships in prices of various securities would hold, even if there were temporary gyrations that created opportunities for traders who understood the relationships.
It helps to understand what was in many ways the simplest — and seemingly among the surest — trades that got Long Term Capital into trouble. It was a bet that yields on the newly issued 30-year Treasury bond would converge with those of the 30-year bond issued three months earlier. When the bonds’ interest rates diverged, for what were surely temporary market reasons, the obvious trade was to buy the higher-yielding Treasury and short the lower-yielding one. When they came together, that strategy would produce a certain — but small — profit.
But the profit would be large if the fund borrowed a lot of money to take a large position.
What happened then was that so many people put on the trade that even the large and liquid market in Treasury securities was strained. The divergence grew larger. If you could be sure the yields would eventually converge, the obvious course was to increase your bet, which is what Long Term did.
In the long run, that trade would have worked. But the margin calls mounted and it ran out of capital.
It seems likely that something similar — if far more complicated — happened at JPMorgan. At first, when prices diverged in unexpected ways, JPMorgan raised its bet. Managers accepted assurances that the market had to turn around. But it did not. Perhaps market rumors spread about the risks the bank was taking, and others sought to take advantage of it, increasing the divergences. Eventually, JPMorgan blinked.
Immediately after the losses were disclosed, officials of the Comptroller of the Currency, JPMorgan’s principal regulator, assured a Republican senator that all was fine. “They were adamant that hedges like these are there to make the bank safer,” Senator Bob Corker of Tennessee told my colleague, Ben Protess. The officials were said to have opined that the Volcker Rule, whose details are still being debated by regulators, would not have prohibited the trade.
It appears that the unnamed officials were right about the rule, but very wrong about the wisdom of the trading. As proposed by a panel of regulators, the Volcker Rule contains two provisions that are quite reasonable on their own, but that together can create a toxic mix.
The first provision, which is in the Dodd-Frank law, specifies that banks can maintain investment portfolios. The second says it is acceptable to trade securities for the purpose of hedging other holdings, even if it would not be O.K. to buy the same security as a speculative investment.
For market makers, who may buy unwanted securities that customers want to sell, hedging may be wise and prudent. But it will also be short term, until the bank trades out of whatever position it took on in the course of making the market.
But if banks hedge long-term investments, as JPMorgan evidently did, the hedge is also likely to be long term. It will consist of buying something that, in normal times, should move in the opposite direction of their investment. The result is that they will be making convergence trades that are indistinguishable from what Long Term Capital Management did. Given the size of the big banks, they will have to do so in huge volumes that can come back to haunt them if markets move the wrong way.
“This could have been much worse,” said the former risk manager. “Imagine what would have happened if three big banks had pursued the same strategy,” either because they figured out how JPMorgan was making money or because they thought it up on their own. “Then the losses would not have been three times as great,” he said, “but maybe 10 times.” That is because the market used to hedge the position would become completely illiquid, with opportunistic hedge funds trading against the big banks and causing the divergence to grow larger than ever before.
A proposal that regulators are said to have considered, but rejected, would have made it clear that the hedging exception applied for trading assets, not long-term investments. They should reverse that decision.
Sheila C. Bair, the former chairwoman of the Federal Deposit Insurance Corporation, points out that some reports have indicated that when the first hedge went awry, JPMorgan concluded that it could not liquidate the position without further damaging its position. So it tried to hedge the hedge. “Why,” she asked, “is that going on in an insured bank? Is this safe and sound?”
The point of the Volcker Rule, named for its principal proponent, Paul A. Volcker, the former chairman of the Federal Reserve, is to leave certain risky activities to those who do not have government-insured deposits and whose failure would not decimate the financial system unless the government stepped up.
To some extent, that used to be accomplished by the Glass-Steagall law, which separated commercial banks from investment banks. That law was repealed by Congress in 1999, but regulators had been whittling away at it for decades. The old law said that a commercial bank could not be affiliated with any firm “engaged principally” in underwriting and trading securities. That seemed to keep brokers away. But the law did not define “engaged principally,” and bank-friendly regulators eventually defined that so narrowly that it was all but meaningless.
It was no surprise that staff members from the Office of the Comptroller of the Currency immediately came to JPMorgan’s defense. The current comptroller, Thomas J. Curry, immediately backed away from the position, saying more information was needed, but the O.C.C., like many another institution, has a basic view of the world that rarely changes, whoever is in charge.
That view was wonderfully summarized back in 2000 when the comptroller’s office put out a working paper explaining why Glass-Steagall deserved to be repealed. The paper said that academic research had shown that the tighter the regulation of banks, the more likely a banking crisis was. The evidence, it said, “should give pause to those who advocate regulatory restrictions on the activities, ownership and organizational forms of U.S. banks.”
It dismissed talk that banks enjoy a major advantage from having deposit insurance. The banks also faced regulatory costs, noted the authors, James R. Barth, now a professor at Auburn University; R. Dan Brumbaugh Jr., a former senior fellow at the Milken Institute; and James A. Wilcox, now a professor at the University of California, Berkeley. “Most evidence suggests,” they wrote, that on balance the costs for the banks were equal to or greater than the benefits they received from having a federal safety net.
None of the major banks would be alive now without that safety net. But the attitude that regulation is a dead-weight burden persists, both in bank boardrooms and in some parts of the regulatory apparatus.
Mr. Curry has been the comptroller only since March. The JPMorgan fiasco should serve as a warning to him that he needs to clean house, and as a warning to other regulators to be vigilant in assuring the Dodd-Frank law is not effectively nullified by the regulations now being written.
Aqui te deixo a pagina inicial do jornal: http://global.nytimes.com/?iht
http://www.nytimes.com/2012/05/18/business/what-jpmorgan-didnt-learn-high-low-finance.html?_r=1
PS: tem a versão para ipad, com mais anuncios que o NYT, mas tb menos baseada na subscription (ou seja, permite ler muitas mais noticias grátis).
Subscrever:
Mensagens (Atom)