segunda-feira, 18 de março de 2013

Vuelvo al sur

Nestas ultimas semanas, discuti con toda a gente (não, não foi só contigo).
Pelo excesso de carga de trabalho, por não dormir, por ter a cabeça ocupada 16/24h, por chegar a casa e ter de por-me a calcular provas de significação estatística e a redigir protocolos...
E por não saber controlar os meus impulsos e o que me sai da boca (e pasme-se, cada vez menos com a culpabilidade obsessiva que antes me caracterizava!), incendiei casas, e tenho agora uns quantos fogos para apagar... amanhã.

Por isso, e porque uma amiga disse-me que numa aula do seu mestrado (de Gestão Hospitalária) a unica coisa que aprendeu de proveito foi a necessidade que todos temos de ter 1h por dia dedicado a nós próprios, hoje a minha hora foi dedicada a uma velha paixão: porque pensamos o que pensamos? A quem devemos o que pensamos? Quanto o mundo à minha volta entra na minha cabeça?

Vuelvo al Sur... ao sítio onde me ensinaram a pensar pela minha cabeça. E a criticar Freud e Jung, sem vergonha... hoje sinto falta dessas tardes. Seria a mesma pessoa que tivesse ficado por essas paragens? Discutiria com todos se o meu trabalho não fosse, como hoje por exemplo, dizer a 2 pessoas diferentes, que parecem perfeitas por fora, que o coração está mesmo doente e que a única solucção é operar (e vamos lá ver)?
Não me arrependo de nada, mas hoje acho que a minha formação ficou incompleta. Que uns anos mais (e uns livros mais) naquele sítio podiam ter sido a chave para entender esta cabeça intricada que tenho (temos), e ver por entre as mil capas de cebola, como dizes tu... 
Serei social-challenged?

Pus-me hoje a ver um filme muito recomendado por um amigo chamado  "Die Welle" (a Onda), onde um professor, através de um projecto escolar, tentar explicar aos seus alunos como conseguiu Hitler entrar em tantas cabeças.
E vou ler todos os livros de Marketing e Consumer Behaviour que encontre, para saber quanto influencia tem o mundo nas escolhas que faço.
Tudo no sitio do costume, como sempre.

Amanhã é dia do nosso Pai.

Beijo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Bet on

Essa questão nunca se pôs: cada um pode ter a sua opinião (mais ou menos opostas), mas sempre, sempre olhaste para trás e aí estávamos nós. Não sejas tâo permeável ao que dizemos, tudo muda tão rápido, e nos vamos influenciando sem querer e sem saber tantas vezes ao dia...

Eu sou aquela que já anda a ver mansões para comprar no Caribe, para quando ganhares o primeiro milhão com o teu projecto. Não penso trabalhar nem mais um dia na minha vida.

Se tiveres de apostar, bet on yourself. I do.

Beijo.


segunda-feira, 11 de março de 2013

Let's set the record straight

Ok, vamos lá  a ter calma. Vamos ver primeiro o que eu não estava a dizer:

1. Eu não estava a acusar,
2. Eu não estava a dizer que preciso de ajuda a procurar.
3. Eu não estava a dizer que sou eu contra todos os que não são criativos.

Eu estava a dizer que, let's face it, eu tenho sido creativa a procurar. E que, embora ainda não tenha encontrado the match made in heaven, encontrei pessoas dispostas a falar comigo sobre ideias improváveis. Já vi pessoas que respeito bastante olharem para mim como visionária e outras como maluca. E isto é na boa.

Mas tenho de ter o vosso apoio. É so isso. Enquanto eu andar perdida, enquanto eu não desistir, e quando eu desistir.

Eu não quero que andes a procura, porque tu não sabes onde procurar. Mal sei eu também...  Mas acredito que ainda não chegou a altura do banho de realidade onde todos me querem lavar. Talvez esteja para breve, mas ainda não.




domingo, 10 de março de 2013

António Machado

"Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar"
António Machado

É dificil ajudar-te a procurar, quando tu mesma não sabes que procurar.

Não posso ser igual de creativa que tu, todos os dias conheço gente da "calle", que transformam a minha opinião sobre tudo e todos um pouco mais crua. Não digo que a minha seja a melhor, digo que não poosso ser de outra maneira, se vejo licenciados en engenharia a servir cafés e senhores de 55 anos a ter infartos depois de serem despedidos por empresas onde trabalhavam há mais de 20 anos. Tudo isso faz de mim mais rigida.

Talvez o que te falte a ti de "realidade" (let's face it, tens estado rodeada este anos de previligiados), me falte a mim de "naive".

Mas numa coisa tens razão, posso ajudar-te mais a procurar.
Mesmo que as minhas ideas sejam parvas.
Mesmo que dentro de um ano digas (como antes o fizeste), que só certa pessoa te ajuda.
Mesmo que voltes a ter uma memória de peixe quando não te lembres que eu passei uma semana a deitar-me às duas da manhã (em school nights) para procurar doutoramentos que, segundo tu nessa época, "não existiam".

Não és a pessoa mais fácil de ajudar: de entrada achas tudo parvo. Dás argumentos com meias verdadades para explica o quão parva é a ideia. Dias depois ficas a pensas nisso, e começas a dar-nos um pouco de razão, tomando para ti o crédito da ideia como se tivesse sempre sido "obvio". E depois, quando estás bem, dizes que ninguém te ajudou.

Estiveste na melhor Faculdade Portuguesa de Engenharia. Fizeste o mestrado na melhor Universidade Tecnica da Europa. Concorreste para um doutoramento na melhor Universidad do mundo e ficaste, e em cima pagam-te para estar lá. Tiveste propostas de emprego em exelentes empresas que fizeram (e fazem) as delicias dos teus colegas.
And you complained in every step of the way.

Perspectiva please - não há víctimas nesta história.

Um beijo,

http://jobs.economist.com/job/4143/corporate-partnerships-manager-/