segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Empregada

Na revista Pública do jornal de domingo, que não sei se continuas a receber, aparece esta crónica de José Diogo Quintela. Como a revista online é paga, encontrei a crónica pela blogosfera.
Como não tem a parte inicial, faço um breve insight: Carolina Patrocínio, mandatária da juventude do PS, admitiu que só come uvas quando a criada lhe tira as grainhas - o que indignou a esquerda portuguesa. Aqui te deixo:

[...]o motivo de indignação é o facto de Carolina Patrocínio admitir ter uma empregada doméstica e não mostrar remorso.
Pode parecer estranho, mas para a Esquerda é desconfortável lidar com este género de ocupação profissional. Há uma relutância em admitir a sua existência. São pessoas que precisam de trabalhar, mas o seu trabalho contribui para que a burguesia se aburguese. Uma empregada lembra aos esquerdistas que nunca vai haver um mundo onde todos façam o mesmo, porque ninguém gosta de lavar a loiça. E a Esquerda tem vergonha em admitir que, por mais nobre e puro que seja o seu propósito, ainda assim precisa de alguém que lhe faça a cama. A grandiosa missão de salvar a humanidade não liga bem com as pequenas maçadas domésticas. É muito giro reformar o mundo, mas perde metade da graça se for feito com peúgas mal lavadas. Por isso é preciso (e peço desculpa se ofendo) "empregar" alguém para estas tarefas.
É um paradoxo que remonta às origens do socialismo. Daí que tenha sido o próprio Marx um dos primeiros a tentar resolvê-los. Nomeadamente, não pagando à sua empregada doméstica, que assim não era explorada com ordenados miseráveis.
Francisco Louçã, por exemplo, tem outro método. Na altura da campanha para as legislativas de 2005, deu uma entrevista em que dizia que na lide doméstica recorre "a uma senhora que vem ajudar". O termo "empregada" é anátema. Achincalha a trabalhadora. Ela até pode estar a esfregar a casa de banho, mas se ninguém lhe disser que é empregada, chiu!, pode ser que não repare e o esfregão não chateie assim tanto. O truque é não lembrar a sua condição indigna. Daí que no programa eleitoral do Bloco a expressão "pleno emprego" tenha sido mudada para "pleno emprego ou auxílio doméstico". A senhora se calhar nem tem vergonha do que faz, mas também não é preciso. Louçã tem-na por ela.
Se a Carolina Patrocínio tivesse dito que quem lhe extraía as grainhas era uma "senhora que vem ajudar", então estava tudo bem. Se tivesse usado o mais arcaico "criada", passava por excêntrica aristocrata. Mas como disse "empregada", é uma opressora de classe média.
Entretanto gostava de pedir referências à Carolina. Se está contente com quem lhe descaroça as cerejas é porque a senhora é jeitosa de mãos. Portanto, é provável que passe bem a ferro. E eu estou mesmo a precisar de quem me engome bem as camisas. Sabe de alguém?
Aliás, é muito por aí, pelo vestuário, que se vê a repugnância de certa esquerda face à realidade do trabalho doméstico. É a mesma esquerda que anda sempre com a roupa amarrotada e surrada. É possível que seja gente que tem empregada, tem é vergonha de lhe pedir que trabalhe. "Ó D.Guiomar pode lavar-me estas calças, se faz favor? Está a ver a novela? Então deixe estar, não se incomode, eu levo assim". E levam mesmo, como se sabe.

Diogo Quintela,
Crónica É muito isto, Revista Pública 23.08.09


domingo, 30 de agosto de 2009

Os Azeitonas

No outro dia estava a conduzir e ouvi esta música. Não é nada de especial, mas é gira - fala de personagens com as quais nós crescemos. Como não têm videoclip, deixo a letra e o link para ouvir a música.


Cafe Holywood - Os Azeitonas

O Indiana Jones tem um chicote
O Doctor Emmet Brown tem um Delorean
Que anda em marcha atrás no tempo
E o Humphrey Bogart tem um chapéu
Assim também eu...
A Mary Poppins tem um guarda-chuva
O Macgyver tem um caniveteo Michael Knight guia um automóvel
Só com a voz
Assim também nós...

Do lugar onde eu nasci
Não se avista Hollywood
No lugar onde eu cresci ninguém diz "Baby I love you"
O lugar onde eu nasci
É um lugarejo rude
Longe de Hollywood

Hollywood...

Nós não temos estatuetas douradas
A não ser talvez a do senhor comendador
Na rotunda nova
E quando cheiramos benzina
Vemos estrelas a passar
Antes de desmaiar

Do lugar onde eu nasci
Não se avista Hollywood
A mulher que eu conheci
Nunca diz "Baby I love you"
No lugar onde eu nasci
Para muita juventude
No Café Hollywood
Hollywood

(Do lugar onde eu nasci
Não se avista Hollywood
Mas ainda ontem eu te vi
No Café Hollywood...)

Hollywood

Welcome on board!

Lol I'm impressed! Ando eu às voltas com isto e tu já consegues fazer posts com videoclipes e tudo! Sugestão: que tal adicionar feeds, talvez o NYT? Vou tentar...

Estou totalmente de acordo com a "confidentiality clause", embora tenha a ligeira sensação que te vai custar mais a ti que a mim a manter this little secret hehehe!

beijo

Health Care USA

Lê isto: é sobre a reforma de saúde nos States

http://www.nytimes.com/2009/08/16/opinion/16obama.html?_r=1&emc=eta1&pagewanted=all

Bye

Ok, um blog...

Ok, um blog...

Num sei, parece muito público, mas tambem é só uma questão de não dar a morada a ninguém...

Ok, para mostrar que sou moderna e open-minded, aqui vai o primeiro vídeo:

Esta musica e feita de geeks para geeks, some how I relate

Kisses

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O nosso blog

Hello! While you were sleeping, fiz um petit blog! Vá antes de me matares, think this through: vamos trocando notícias, musicas, programas - tudo pelo skype. Metade dos dias temos lá os links montes de tempo e não os vemos, e se vemos esquecemos facilmente. Aqui fazemos posts! Ficam lá! Não é um blog pretencioso, é o nosso blog, para nós as 2!
Vá, dá-lhe uma hipótese, não negues há partida um ciência que não conheces!

Beijinhos e good luck 4 tomorrow!

Ana

PS: beijinhos da tia que foi a única que achou isto fixe!